(AFP)

Nada de batatas fritas ou hamburgers, mas "verdadeiro" puré de batata e sopa de legumes. Os 190 alunos que frequentam a cantina escolar de Bédarieux, em França, terão poucas hipóteses de encontrar organismos geneticamente modificados (OGM) nas suas refeições. Esta comuna é apenas uma de 160 em França que decidiram acabar com os OGM nas refeições servidas aos jovens. A associação ecologista Amigos da Terra, que efectuou um levantamento dos estabelecimentos escolares susceptíveis de usar OGM?s, lançou recentemente uma campanha sobre este tema e espera que milhares de escolas sigamesta medida, que obriga ainda as indústrias alimentares tornar mais "transparentes" os modos de produção. Este movimento é tanto mais importante quando se sabe que um em cada dois alunos franceses - cerca de seis milhões - comem em cantinas escolares.
Geneviéve Arjol, gestora da cantina de Bédarieux, dirige um projecto que associa equipas pedagógicas, no sentido de sensibilizar os jovens para a qualidade da sua alimentação, e produtores locais que apostam na agricultura biológica.
"Fazemos pratos simples, como sopa e puré de batata, utilizando ingredientes naturais como o azeite, recusando a dieta de hamburguers, batatas fritas ou pratos previamente confecionados", diz esta responsável. "Paralelamente, levamos os alunos a reflectir sobre a sua alimentação, através de trabalhos, exposições ou visitas de estudo", acrescenta. Para fazer a detecção de OGM?s, esta responsável baseou-se na "lista negra" publicada pela Greenpeace, pedindo aos fornecedores, ao mesmo tempo, para verificarem as proveniências dos alimentos que utilizam na confecção dos alimentos. Seguindo este método, Arjol já recusou a inclusão, entre outros produtos, de farinha destinada à confecção de pastelaria e flans, à base de amido modificado.
Em termos de despesa final, as matérias primas utilizadas nesta dieta "natural" ficam à volta dos trezentos escudos por refeição, um custo facilmente equilibrável se, por exemplo, se reduzir no consumo de queijo. A medida já começou a ser posta em prática em outras escolas francesas.

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