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Agenda 01/99

POESIA EM LISBOA

O Instituto de Artes do Espectáculo (IAE) estreia, no dia 14 de Janeiro, no Teatro Municipal Maria Matos, a sua produção "O Poeta é um Fingidor", considerada pelo Ministério da Cultura como de "manifesto interesse cultural".
Com encenação de Nuno Miguel Henriques e cenografia de Renato Godinho, "O Poeta é um Fingidor" pretende ser um espectáculo pedagógico que corresponda às necessidades didácticas de professores Português e Literatura, funcionando como estratégia motivadora para o estudo da poesia.
Nesta perspectiva, os actores Victor de Sousa, Lucília São Lourenço e Nuno Miguel Henriques 'dão a voz' a Almada Negreiros, Almeida Garrett, António Aleixo, Augusto Gil, Cesário Verde, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa (e heterónimos), Florbela Espanca, Guerra Junqueiro, João de Deus, José Saramago, Luís de Camões, Miguel Torga e Sophia de Mello Breyner, entre outros.
"O Poeta é um Fingidor" estará em cena todas as quintas-feiras, às 15 horas, até 29 de Abril. O espectáculo tem a duração aproximada de uma hora e o preço único do bilhete é de 800 escudos. Mais informações podem ser obtidas junto do IAE, através do telefone 793 32 48, da rede de Lisboa.

INVERNO NO PORTO

Os palcos da Cidade Capital Europeia da Cultura de 2001 vão ganhando balanço para a grande festa que se aproxima, dando corpo a um ciclo de programação sugestivamente intitulado «Inverno no Porto», com alguns espectáculos a exigirem uma especial atenção dos portuenses, e não só.
"Raízes Rurais/Paixões Urbanas" é um deles. Com direcção musical de Mário Laginha, corresponde a uma ideia original de Ricardo Pais (direcção cénica), cruzando jazz (Maria João e Mário Laginha), fado (Argentina Santos e Carlos Zel) e música popular portuguesa (Adufeiras de Monsanto, Os Camponeses de Riachos e Grupo Instrumental de Constantim). "Raízes Rurais/Paixões Urbanas" pode ser visto/ouvido no Teatro Nacional S. João, de 19 a 23 de Janeiro.
Destaque, também, para a mini-temporada da Companhia Nacional de Bailado no Rivoli (21 a 24), com duas coreografias de William Forsythe e uma de Anne Teresa de Keersmaeker ("The Lisbon Piece"). "É a primeira vez que a coreógrafa - considerada uma das mais inovadoras do nosso tempo - cria uma peça para outro grupo que não a Companhia Rosas, por si fundada e residente no Théâtre de La Monnaie, em Bruxelas".
A merecer atenção, está, por outro lado, a Orquestra Nacional do Porto (ONP), com o que ainda resta de concertos em Janeiro. Assim, nos dias 15 e 16, a ONP apresenta Mozart, Strauss e Schumann, sob a direcção do maestro Marc Tardue e com o pianista Alexander Markovitch (Fundação Cupertino de Miranda, 21h30). No dia 23, na Fundação Engº António Almeida (21h30), podem ouvir-se peças de Haydn, Kurt Weil e Mendelssohn, com a mesma direcção e com o violinista Sebastian Hamann - este programa é repetido, no dia seguinte e à mesma hora, no Auditório Municipal de Gaia.
Finalmente, nos dias 29 e 30, a ONP subirá ao palco do Teatro Nacional S. João (21h30). Em concertos comemorativos dos 500 anos da Misericórdia do Porto, serão executadas peças de Carlos Seixas, Rameau, Vivaldi e Bach. Desta vez, a ONP é dirigida por Cesário Costa, tendo como solistas Ana Mafalda Castro (cravo) e Zofia Woyicicka (violino).


  
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Edição:

N.º 76
Ano 8, Janeiro 1999

Autoria:

Redacção

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