E AS CRIANÇAS SENHOR?
Sete crianças morreram num bombardeamento aéreo contra uma escola religiosa e uma mesquita no sul do Afeganistão, ambas sob suspeita de abrigar combatentes da Al-Qaeda. Afegãos afirmaram que, segundo estimativas locais, 60 civis foram mortos no distrito de Chora no fogo cruzado entre as forças da ONU e os talibãs. Ouvido pela AFP, John Thomas, porta-voz da Força da Aliança Atlântica (ISAF) no país, considerou "possível" esta afirmação.
Segundo um relatório, sete crianças faleceram durante um ataque aéreo contra uma madrassa", acrescenta a nota, que também refere "danos leves" numa mesquita adjacente.
Procurada pela AFP, a coligação recusou-se a fazer qualquer precisão sobre os "combatentes da Al-Qaeda". Um porta-voz, Chris Belcher, acusou-os de "terem utilizado a mesquita e os civis como forma de protecção".
As forças americanas estão no banco dos réus por vários "erros" ou "danos colaterais" cometidos desde o início do ano e que provocaram a morte de dezenas de civis no Afeganistão.
Nos quatro primeiros meses deste ano, entre 320 e 380 civis faleceram em actos violentos no Afeganistão, cometidos tanto pelos insurgentes como pelas forças internacionais, segundo a missão da ONU em Cabul.
Em meados de Junho, os ministros da Defesa dos 26 países da NATO comprometeram-se em Bruxelas a "minimizar" as perdas de civis afegãos.
"Estamos conscientes de que as perdas civis podem minar os nossos esforços em todos os campos, segurança, reconstrução e desenvolvimento", afirmou uma fonte da NATO que pediu o anonimato. Nas várias guerras em curso as crianças são as principais vítimas da violência das várias forças em confronto.
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