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População mundial ultrapassará os 9 mil milhões em 2050
De acordo com um relatório avançado pelas Nações Unidas, a população mundial continuará a envelhecer e passará dos actuais 6,7 mil milhões para 9,2 mil milhões de habitantes até 2050. Segundo este documento, elaborado pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU, que actualizou as estatísticas publicadas em 2006, este aumento, que iguala a totalidade da população mundial registada em 1950, dar-se-á principalmente nos países menos desenvolvidos, que verão a sua população crescer de 5,4 mil milhões em 2007 para 7,9 mil milhões em 2050.
Ao mesmo tempo, a população dos países ricos, calculada em cerca de 1,2 mil milhões de pessoas, permanecerá nos actuais valores, e poderia mesmo decrescer caso não se registasse a emigração proveniente de países pobres, estimada em 2,3 milhões de pessoas por ano.
Sob o efeito combinado de uma natalidade em queda e de uma expectativa de vida em alta, o planeta verá a sua população envelhecer. Metade do crescimento esperado da população a nível mundial está representada por um aumento do número de pessoas acima dos 60 anos.
A marca dos 6,7 mil milhões de habitantes será ultrapassada já em Julho deste ano, o que representa, desde 2000, um crescimento de 78 milhões de habitantes anuais. Devido a uma queda na taxa de natalidade, a população mundial aumentará em apenas 30 milhões de habitantes por ano por volta de 2050.
Ao mesmo tempo, a vertiginosa destruição da biodiversidade do planeta está a provocar, entre outros efeitos, o desaparecimento diário de 150 espécies. "Estamos a apagar o banco de dados da natureza a uma velocidade até agora desconhecida", alertou a este propósito o ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, reunido em meados de Março em Potsdam, na Alemanha, com os seus homólogos do G8, aos quais se juntaram também os responsáveis do Brasil e do México.
Para além dos prejuízos provocados ao ecossistema, esta destruição tem igualmente um impacto económico significativo, já 40 por cento do comércio mundial desenvolve-se com base no aproveitamento dos recursos naturais.
Porém, nem tudo são más notícias. O Brasil, por exemplo, anunciou recentemente uma redução de 52 por cento do desflorestamento da selva amazónica, recebendo elogios da organização não-governamental World Wild Fund (WWF).
"Temos de reconhecer que o governo brasileiro actua de uma forma muito positiva e que se preocupa em colocar sob protecção vastas zonas da Amazónia", afirmou o secretário executivo da secção alemã da WWF, Eberhard Brandes. O ecologista sublinhou que a sua organização e o executivo brasileiro mantêm diversos projectos com financiamento conjunto e disse esperar que a administração de Lula da Silva "mantenha esta cooperação". 

  
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Edição:

N.º 166
Ano 16, Abril 2007

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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