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Pfizer é acusada de aumentar a propagação da Sida com propaganda sobre o Viagra

VIAGRA

A AIDS Healthcare Foundation, o maior centro de prevenção e assistência médica de doentes de Sida nos Estados Unidos, afirmou recentemente que irá processar a companhia farmacêutica Pfizer, fabricante do Viagra ? um medicamento destinado a combater a disfunção eréctil ? argumentando que as estratégias de marketing desta empresa terão contribuído para o aumento da taxa de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Isto, explica Michael Weinstein, da AIDS Healthcare Foundation, porque o marketing da Pfizer sobre o Viagra, promovendo-o como um meio para melhorar o desempenho sexual, é "dirigido fundamentalmente a homens que não necessariamente têm um diagnóstico de disfunção eréctil".
"Acreditamos que não só é irresponsável, mas também ilegal, especialmente à
luz do conhecido uso deste medicamento como parte de um 'cocktail recreativo' de drogas que está a alimentar a propagação de DST e do vírus HIV", acrescentou Weinstein.
A Pfizer rejeitou a acusação de que a empresa promova o uso recreativo do medicamento e referiu em comunicado que a sua publicidade adverte que o Viagra não protege contra DST e o vírus da Sida. "Sempre estivemos
comprometidos com o uso seguro e apropriado do Viagra para o tratamento da
disfunção eréctil", sublinha-se no comunicado. O Viagra foi lançado em 1998 e desde então rendeu lucros à Pfizer da ordem dos milhares de milhões de dólares.


  
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Edição:

N.º 164
Ano 16, Fevereiro 2007

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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