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"Blogs", as estrelas da internet em 2004

COMUNICAÇÃO

O termo "Blog" foi eleita a palavra do ano em 2004 pelo dicionário americano Merriam-Webster, distinção que se estende igualmente ao termo utilizado para designar os seus utilizadores: "bloggers". Os diários virtuais, sejam eles de políticos, de artistas ou de simples desconhecidos, passaram a ser as novas estrelas da internet.
A palabra "blog", assim como "weblog", quer dizer "jornal pessoal na rede". Estes "jornais" - que qualquer pessoa pode gerir graças a programas informáticos fáceis de usar - expressam em geral opiniões e permitem aos leitores opinar sobre diversos temas em tempo real.
Nos Estados Unidos, a campanha presidencial consagrou a explosão do fenómeno, com o desenvolvimento em massa de blogs, alguns dos quais se situaram em competição directa com os grandes meios audiovisuais graças ao seu tom pertinente.
A escola de jornalismo de Columbia, em Nova Iorque, que tentou analisar o impacto dos blogs na campanha, classificou-os como "panfletos digitais". Alguns bloggers, como o professor de direito da Universidade da Califórnia em Los Angeles, Eugene Volokh, que escreve no "Volokh conspiracy blog" (volokh.com), reivindicam as mesmas perrogativas dos jornalistas, como o direito ao sigilo das fontes de informação. Nesse sentido, as convenções dos dois grandes partidos Republicano e Democrata credenciaram bloggers além dos jornalistas.
Segundo a Perseus Development, empresa especializada na análise e acompanhamento da "blogesfera", haverá mais de 10 milhões de blogs daqui até ao final do ano nos Estados Unidos, 52% dos quais criados por jovens com menos de 20 anos.
Alguns autores conseguem inclusivamente viver dos seus blogs, como Markos Moulitsas Zuniga, editor do "Daily Kos", o blog político mais consultado dos EUA (de tendência democrata), que recebe cerca de 300 mil visitas diárias e conta com anúncios publicitários. Outros, como o "Fallujahinpinctures.com", realizado nas horas livres de um nova-iorquino de 26 anos, publica fotos sobre a guerra no Iraque, como a de um rosto destroçado de um soldado americano junto de corpos iraquianos, imagens que raramente aparecem nos écrans de televisão.


  
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Edição:

N.º 141
Ano 14, Janeiro 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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