As novas tecnologias deverão contribuir para a existência de uma Escola mais inteligente, que privilegie a formação de competências em detrimento da transmissão massiva de informação, afirmou a secretária de Estado da Educação durante a sessão de apresentação do programa ?Netd@ys 2000?, cuja edição decorreu de 20 a 27 de Novembro. Promovido pela Comissão Europeia desde 1997, este programa é, actualmente, o maior evento mundial do género, tendo registado na edição anterior a participação de mais de 150 mil entidades, entre escolas, centros de formação, centros de juventude, museus, cinemas e óperas, entre outros. Na oportunidade, Ana Benavente avançou com algumas das linhas-mestras do projecto de reorganização e revisão curricular que terá início em 2001. A existência de um certificado de competências básicas em novas tecnologias para todos os alunos que concluam a escolaridade obrigatória vai ser uma das novidades. Isto, porque "se antigamente o problema era não existir informação suficiente, hoje a dificuldade reside em saber como utilizá-la". Por isso, a Escola tem de passar a ser um local onde se aprenda a estudar e a sistematizar informação. Mas "as novas tecnologias só fazem sentido como ferramenta de acesso ao conhecimento e ao saber, e não como um conjunto de instrumentos isolados", reconheceu a secretária de Estado, afirmando que não basta colocar computadores nas escolas. Assim, e para lá do equipamento de todas as escolas com o hardware e software necessários, Benavente sublinhou a importância da formação contínua dos professores, área para a qual anunciou a disponibilização de 20 milhões de contos ao longo dos próximos dois anos. A utilização da internet num contexto educativo e com objectivos pedagógicos é o grande objectivo do ?Netd@ys 2000?, cujas temáticas foram a cidadania, a igualdade de oportunidades, a diversidade cultural e identidade europeia e a educação e formação para a literacia digital ? em <www.netdays2000.org>, podem ser consultadas mais de uma centena de actividades pedagógicas desenvolvidas por escolas e outras entidades nacionais.
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