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Xamanes e Outras Marcas de Livros

Foi o Jim, de seu nome completo James Douglas Morrison, quem nos apresentou. A mim e ao Rafael M. Cruzamo-nos, os três, ao balcão de um dos velhos armazéns da Praça dos Leões. Os três à procura de toalhões turcos. Dos espessos.
"João", disse o Jim, "este é o Rafael M"
"Quem?", perguntei eu.
"O Rafael, meu, que anda a ser perseguido pelos dardos do Rock bem pensante".
Isto aconteceu antes da prisão de Jim, em 1969, pelo Éfe Bê I, quando a malta bateu toda com as portas da percepção. O Rafael M. já era um expert, um senhor, carago, mas ainda estava longe da escrita de sucesso, embora usasse termos tão invulgares como "repositário".
Caramba, num campo de estreia. "The Doors Are Open", caixa alta e caixa baixa como quando se escreve Pamela .
"Dentro daquelas portas o tempo fica imóvel", costumava dizer Rafael M, sempre mais preocupado com os mortos do futuro do que com os mortos do passado.
Conheço um rapaz que diz que no triângulo jota a aventura pode ter uma letra ao estilo do Abrunhosa... Muito mais do que as aventuras das outras... Vocês percebem o que eu quero dizer... Para bom entendedor... Caramba. Vou ter que ler o "Diversário". Na FNAC, à borla, tentando não quebrar a lombada.
O Rafael M. andou por aqui, na "a Página", em Julho de 1992, quatro páginas depois da evocação de uma "Baby, Let's Play House" (Miúda, vamos brincar às casinhas) com que se passou dos 50 aos 60. Lado A, lado B. Boa Jim. Boa Rafael M. Boa Zé Martins.

João Rita


  
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Edição:

N.º 85
Ano 8, Novembro 1999

Autoria:

João Rita
Jornalista, Porto
João Rita
Jornalista, Porto

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