CONTOS DE PEDRA Hélder Rodrigues Edição de autor pp. 101 Esta pequena obra literária, trazida a lume para se submeter ao julgamento público, procura traduzir, sem qualquerpresunção, a vida árdua e dura do nosso transmontano-duriense, na típica linguagem falada deste povo que não se interessa mesmo nada por regras estabelecidas da fonética linguística De um modo geral, o tempo e o espaço da narrativa heterodiegética destes contos abrangem as últimas cinco ou seis décadas, do tempo da luz da candeia, dos caminhos sinuosos da serrania percorridos a pé ou de burro, da fome, da emigração clandestina, das quadrilhas de assaltantes, enfim, desde os tempos do pós-Guerra Mundial que nos deixou orgulhosamente sós com a nossa pobreza, enquanto a quase totalidade da europa se desenvolvia e enriquecia. O FIM DA IMAGINAÇÃO Arundhati Roy Edições Asa pp. 47 Depois do apoteótico êxito internacional de O Deus das Pequenas Coisas, que a manteve longe de casa durante longo tempo, Arundhati Roy regressou à Índia e encontrou o seu país dominado por um clima de exaltado patriotismo, baseado no poder uclear. A escalada do conflito com o Paquistão desembocou numa série de manifestações de força, através da realização de experiências atómicas em zonas desérticas próximas da fronteira, que eram contestadas pelo estado vizinho com novas explosões. Nesta breve e demolidora reportagem, a extraordinária romancista que é Arundhati Roy põe a sua escrita ao serviço de uma causa justa e necessária: a denúncia da utilização da energia nuclear para fins bélicos. O fim da imaginação é uma indignada e comprometida denúncia de uma situação vergonhosa que condiciona o quotidiano das nossas vidas. Como diz a autora, o poder nuclear acaba por ser "o último dos colonizadores". A MAIS BELA HISTÓRIA DO HOMEM André Langaney Jean Clottes Jean Guilaine Dominique Simonnet Edições Asa pp. 158 Porquê o Homem? Porque razão somos o que somos? Como nasceram o casal, a família, a sociedade? E arte, o amor, a guerra? A ciência já o revelou: os nossos modos de vida, os nossos comportamentos, as nossas crenças forjaram-se há muito tempo, na sequência dessa longa evolução que nos conduziu à conquista da inteligência. Todos nós descendemos, à face da terra, do mesmo pequeno grupo de antepassados. A Mais Bela História do Homem é pois a história das nossas origens. Três actos da comédia humana que relatam três conquistas: a conquista do território, a conquista do imaginário, a conquista do poder. Ou de como o homem se destacou da natureza, a colonizou, a transcendeu, a transformou, e depois caiu na armadilha da sua própria cultura. E se acaso a humanidade estivesse ainda na sua pré-história?
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