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Bestas do Apocalipse

Estão todos aí de novo, e trabalhando como nunca. Gurus, enviados, avatares, mediadores... Todos anunciando o fim do mundo, com dia e até mesmo hora marcada. O clube já superlotado dos falsos profetas dessa nossa época continua a admitir novos e competentes profissionais a cada dia, no mundo inteiro. Guias dos mais variados matizes escatológicos surgem de repente, por toda a parte, como cogumelos numa manhã úmida. Cogumelos grandes, coloridos, vistosos todos eles... e todos venenosos. Arregimentam um sem-número de incautos seguidores e vão logo cumprir, conscientemente ou não, mas sempre fielmente, suas missões: desviar a atenção das pessoas boas, o mais possível, do significado real da incisiva transformação pela qual está passando o nosso planeta e toda a humanidade.
(...) As catástrofes da natureza não estão aumentando em cumprimento a ordens de profetas de esquina, mas sim como um dos múltiplos efeitos naturais e inevitáveis da aceleração deste processo de depuração global, o qual, por fim, deixará a Terra completamente limpa de toda a sujeira, incluindo eles todos também, naturalmente. Aliás, não há nada de esotérico nesta afirmação de crescimento contínuo de catástrofes, que pode ser comprovada facilmente através de dados estatísticos. De acordo com uma empresa de seguros alemã - uma das maiores do mundo por sinal - está havendo aumento de ciclones tropicais, ondas de calor, incêndios em florestas e tempestades de neve; nos últimos dez anos, segundo a empresa, ocorreram três vezes mais desastres naturais do que os registrados na década de 60, os quais provocaram nove vezes mais danos do que naquela época.
Tudo o que nos atinge hoje é efeito retroativo. Conseqüência de nossa nefasta atuação no passado e também no presente. Quer se trate de destruições provocadas por catástrofes da natureza ou alterações climáticas, descalabro econômico ou degenerescência moral, doenças ou crises de medo, violência ou depressão, tudo é efeito do aceleramento desse retorno coletivo, que traz de volta o mal semeado outrora, sempre na medida exata da contribuição de cada um, tanto na forma como no conteúdo. (...)

Roberto C. P. Júnior
(http://www.msantunes.com.br/juizo/).
autor do livro on-line
"Vivemos os Últimos Anos do Juízo Final"


  
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Edição:

N.º 77
Ano 8, Fevereiro 1999

Autoria:

Roberto C. P. Júnior

Roberto C. P. Júnior

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