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) Preferia estar a estudar, ou a brincar, mas se eu não trabalhar o dinheiro não chega para alimentar toda a família. Nunca fui à escola, por isso não sei ler nem escrever. Gostava muito de um dia poder estudar, para poder ter outro emprego, que pagasse mais para que nem eu nem a minha família tivéssemos que passar fome, ou que trabalhar no sisal (...)". Desabafo pungente do Everaldo, petiz brasileiro de 13 anos, que desde os 8 tece cordas de sisal. Ganha cerca de 500$00 diários (entre as 3 horas da manhã e o meio-dia) tecendo 18 cordas de 80 metros cada! E podia ser uma menina a dizer o mesmo uma vez que, em muitos países, são elas as principais vítimas do trabalho infantil". Na edição de Novembro, o texto de Elisa Lopes da Costa saiu, por erro técnico não detectado, sem o primeiro parágrafo, agora reproduzido. Temos consciência que é impossível emendar tal falta. Apenas podemos e queremos pedir desculpas à autora e aos leitores.
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