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Escaparate

 

O ESPLENDOR DAS MADRUGADAS

Maria Teresa Maia Carrilho
Universitária Editora
pp. 55


"Não, hoje não saio
eu quero ficar
no espaço
dum cantinho
que é só meu

Não, hoje não falo
eu quero escutar
as palavras floridas
dum canto
que me entonteceu

Não, hoje não vou respirar
eu quero confundir
a minha vertigem
com a tua vertigem
e ser um só todo
ou um nada
num mundo que emudeceu..."

 

FOLHAS AO VENTO

Manuela Rodrigues
Universitária Editora
pp. 103


Temas de um coração e de uma inteligência atentos, são-lhe as crianças sofredoras, os vagabundos, os infelizes da vida, e "aquele monstro" que é a guerra. Pairando acima deles, claro está, o feitiço do amor. Temas tratados num estilo límpido, simples, de bom gosto, mas igualmente com autenticidade. E com esperança. E com bom conselho:

"Crê na vida,
Naquilo que de bom te dá.
Não ambiciones o Universo,
Contenta-te com uma flor.
Não peças a Deus o sol,
Contenta-te com simples verso
E encontrarás o amor!"

 

NA MÃO O ARCO-ÍRIS

de Cabo Carvalho
Universitária Editora
pp. 86


"Doze asas de águia
recortadas em sombras
trazem ecos de celebrações
no espaço
são as bodas da luz e água

Ar e carne
desfazem-se em música
que as nuvens trazem
com o anúncio
de parto -
cor se desmultiplica em sete

Da sombra do nada
desprende-se a imagem
em fim de tarde

Lento nocturno
obra póstuma de Chopin."

 

TEMPO DE VIVER
TEMPO PARA MORRER

Ana Marques Gastão
Universitária Editora
pp. 72


Tempo de morrer, tempo para morrer, pode ser apresentado, antes de tudo, como um ciclo poético de vida, amor e morte, que pertence à categoria de uma escrita que tem a ver com o conceito de finito e de infinito, do que permanece e do que se extingue. Para um poeta, somos fundamentalmente o começo e o fim - o nascer e o morrer - e no meio há paixão. Tudo o mais são circunstâncias...

"Como se fosses um espelho e eu me despedaçasse.
Como se fosses um cometa e eu tivesse cauda.
Como se fulgurasses, raiz aberta, no centro do espírito.
Aí, onde penso para depois recitar Rilke."

 

REGIONALIZAÇÃO:
O QUE NÃO FOI DITO!...

Manuel Reis
Editora Estante
pp. 117


"Com efeito, nunca será demais no processo global da regionalização encarecer e aprofundar a dimensão pedagógico-cultural à escala das instituições. O poder estabelecido também é susceptível de alguma conversão justamente por essa via! Essa dimensão pedagógico-cultural inicia-se, desde logo, através da tomada de consciência crítica de que um dos objectivos nucleares do processo de regionalização é, precisamente, contrariar e pôr fim à tradicional colonização do interior pelo litoral e de todo o país pelo Terreiro do Paço, bem como do mundo rural pelo mundo urbano".

 

ROTEIRO: VIAGEM ÀS TERRAS DO DEMO
ITINERÁRIO AQUILIANO

Henrique Almeida
Edição do Sindicato dos Professores da Região Centro
e do Centro de Estudos Aquilino Ribeiro
pp. 143

"A serra é agreste, primitiva, mas tem carácter, sem dúvida. Comprazes-te em pintar-lhe as virtudes e encantos sem sombras, e não serei eu que te acoime de parcial. As tintas escuras são para o novelista e tens razão. Decerto que eu, ao chamar-lhe Terras do Demo, não quis designá-las por terras do pecado, porque o pecado seja ali mais grado ou revista aspecto especial que não tenha algures. Nada disso. A serra é portuguesa no bem e no mal. Chamei-lhe assim porque a vida ali é dura, pobrinha, castigada pelo meio natural, sobrecarregada pelo fisco mercê de antigos e inconsiderados erros e abusos, porque em poucas terras como esta é sensível o fadário da existência. Só por isto".

(Prefácio de Aquilino Ribeiro
ao livro do Pe. Manuel da Gama "Terras do Alto Paiva", 1940)

Os pedidos podem ser dirigidos para Sindicato dos Professores da Região Centro
- Av. Alberto Sampaio, 39, 1º Apartado 2214 - 3510 Viseu,
acompanhados de um cheque de 1200 escudos (inclui portes de envio).

 

ARREDOR DO LUME -
CONTOS DO POTE DUNHA OUTONIA LONXANA

Daniel Pino Vicente
Edicións Laiovento (Galiza)
pp. 135


Arredor do lume dá título a uma colecção de relatos que, como aponta o próprio subtítulo, só podiam desenrolar-se num tempo longínquo. Cada história vai surgindo a partir da anterior e esta mesma se debruça na seguinte, num processo facilitado tanto pela existência do fio condutor do narrador, como pela permanente presença, quase animada, desse espaço mágico que se desenvolve quando se fala devagar em torno do lume.
Os sujeitos podem parecer intemporais: o amor, a morte, a fortuna, a ruindade...Nesta altura focalizados pela cultura, pelos valores da ruralidade do nosso país. A sua condição de atestado certeiro do registo coloquial é um dos seus maiores méritos. Num momento em que tanto os usos como o léxico navegam à deriva por força da limitação linguística que hoje existe entre nós, dá mão de um uniformismo baleiro e de tanta expressão politicamente correcta, a leitura de Arredor do lume é um conforto.

 

CONFLITO LINGUÍSTICO E IDEOLOXIA NA GALIZA (4ª Edição)

Francisco Rodriguez
Edicións Laiovento (Galiza)
pp. 183


Um livro fundamental na história moderna do galego e uma peça chave na sociolinguística da Galiza. (...) No panorama bibliográfico galego - tão necessitado de páginas esclarecedoras a respeito do idioma, esta obra de Francisco Rodriguez é um resultado único pelo seu rigor, o seu exaustivo aproveitamento do mais científico e actualizado da sociolinguística mundial e a sua constante preocupação por fazer análise científica, ao serviço de uma causa quem não admite demoras ou percalços: a recuperação do idioma galego.

 

E AGORA, PROFESSOR?

Cassiano Zeferino de Carvalho Neto
Laborciência Editora (Brasil)
pp. 240

O século XXI já nos convida para, a partir deste momento, fazermos parte dele. O avanço tecnológico em vários sectores da sociedade permite-nos estar com um pé neste novo tempo! O Brasil, em todos os seus campos de actuação, também recebeu o seu convite. Como será que a Educação no nosso país encara esta chamada? Será que vai interessar-se em participar nesta festa? Será que já está pronta? E os nossos professores aceitá-la-ão? Como será que os docentes de ciências reagirão? E os das outras áreas de conhecimento? Será que só os professores devem participar? E os governantes, como entenderão esse convite? Estas e outras questões poderão ser respondidas por si ao aceitar o convite que o professor Cassiano Neto faz através deste livro, num texto que o levará a reflectir sobre assuntos ligados ao seu desempenho profissional.

 

A INFORMÁTICA NA ERA DA EDUCAÇÃO -
UMA REFLEXÃO DE EDUCADOR PARA EDUCADOR

Dilermando Piva Jr.
Giselle Castro Fernandes
Editora People
pp. 116


O ambiente universitário proporciona trocas, diálogos, discussões, reflexões. Foi neste contexto que os autores, integrando as suas experiências, iniciaram a construção do livro que aqui se apresenta, resultado dos maiores recursos de que o educador dispõe: argumentação e comunicação. Através da observação, tiveram a preocupação de tratar um assunto ainda polémico entre os educadores: a tecnologia educacional e a preparação para o cidadão do futuro.


  
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Edição:

N.º 73
Ano 7, Outubro 1998

Autoria:

Redacção

Redacção

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