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Revista de Outono

Sumário

004. Editorial
Isabel Baptista

 

006. Sérgio Niza

“O Ministério da Educação e Ciência é de uma ignorância que faz medo: os avanços e recuos, o desnorte na organização das escolas, nos concursos, nas metas ideologicamente hipermarcadas… E de um revivalismo inquietante – quando nos Estados Unidos se utilizam standards, aqui estabelecem-se metas por objetivos, com taxonomias inspiradas nas de [Benjamin] Bloom, da pedagogia por objetivos, de má memória… Dizem que os professores têm liberdade metodológica, mas contam com os diretores dos agrupamentos disponíveis para uniformizarem o que os professores hão de fazer… Enquanto tivermos uma fresta para respirar liberdade, temos de usá-la na escola. E temos de ousar fazer diferente. Porque o que temos vindo a fazer é muito parecido com o que Nuno Crato quer que se faça agora – podem os professores não gostar, mas é absolutamente verdade. ”
Entrevista conduzida por António Baldaia

 

018. O ministério da pedagogia oficial

É urgente que os governos aprendam a governar democraticamente e a cumprir as suas obrigações constitucionais para com a educação pública.
Licínio C. Lima

 

020. Quanto mais silêncio?

Em silêncio, a atual equipa dirigente do MEC vem concretizando uma política que questiona pilares essenciais da escola pública.
Domingos Fernandes

 

022. Sobre a Pedagogia

A boa estrela de Nuno Crato como ministro construiu-se em torno de duas ideias-chave: desprezo pela Pedagogia; Ministério da Educação é o principal responsável pela perda da autoridade dos professores.
Ariana Cosme / Rui Trindade

 

024. A extinção anunciada da Formação Cívica

Para quem tanto fala de exigência, não deixa de ser revelador como o MEC se desobriga da capacitação de crianças e jovens para uma participação cidadã crítica e informada.
Isabel Menezes


026. Que os 12 anos não se transformem num 31

O alargamento da escolaridade obrigatória é uma oportunidade. Temos de tornar claro que não se trata de uma medida “cirúrgica” ou “lógica”, mas que é um novo conceito sobre o lugar, o impacto e a importância da Educação na nossa sociedade.
David Rodrigues

 

028. A escola continua. De pé, como as árvores!

O MEC arregaçou as mangas como quem vai lavar a loucinha toda e toca a preparar horários-zero, como já tinha feito outro ministério no tempo de outra senhora.
José Rafael Tormenta

 

030. Desemprego docente e formação inicial de educadores e de professores

Os professores ocupam o primeiro lugar na fileira do desemprego qualificado. O clima de recessão, as políticas educativas e os fatores demográficos têm vindo a agravar esta liderança.
Carlos Cardoso

 

032. Un pedagogo portugués escuchado en España

El Portugal anterior a la I República tuvo la suerte de poder escuchar y leer reflexiones educativas muy razonables, com frecuencia críticas, sobre la desorientación que se cernía sobre la educación del pueblo portugués, sus programas e instituciones.
José M. Hernández Díaz

 

034. Educação em Portugal 2011/2012: europeização, periferia e subdesenvolvimento

Entre a brutalidade dos cortes orçamentais e a sanha demolidora contra o sistema público edificado pela democracia, teme-se a destruição maciça que o projeto neoliberal deste Governo deixará atrás de si.
Fátima Antunes

 

036. Uma sombra sobre a educação pública

Se a educação é cada vez mais um mecanismo para atribuição de recompensas a partir do sucesso no exame, a ideia da educação como base para o desenvolvimento de comunidades positivas e mutuamente apoiantes pode ser seriamente afetada.
Roger Dale


038. A gestão democrática da escola pública

Quando experimentamos transformar a administração burocrática numa “gestão participativa da educação”, somos convidados a entrar na discussão sobre a complexa construção da democracia.
João Baptista Bastos

 

040. As tensões educativas no discurso da Veja e da Isto É

Veja e Isto É estão entre as revistas semanais de maior circulação no Brasil e são reconhecidas como muito influentes na formação da opinião geral da classe média. Mas quando o assunto é educação, estas publicações são bastante discretas.
Gustavo E. Fischman / Sandra R. Sales

 

044. Vestir-se para além das roupas

A espetacularização da vida cotidiana tem nas escolas um de seus palcos. Especialmente nas escolas brasileiras, estudantes vestem-se para compor uma persona, uma imagem para apresentar ao mundo nas passarelas escolares.
Marisa Vorraber Costa

 

046. Paulo Santiago

“A afirmação da liderança pedagógica das escolas é uma reforma com bastante impacto noutros países, mas que em Portugal, apesar do progresso que já se fez, ainda está pouco desenvolvida. O que constatámos é que há pouca autonomia e que as lideranças tendem a acentuar a componente administrativa. Defendemos que são necessários líderes pedagógicos e maior autonomia para essa liderança, porque nas escolas tem de haver capacidade para liderar um projeto pedagógico, para conduzir uma equipa, para fazer feedback da melhoria das práticas, etc.”
Entrevista conduzida por Maria João Leite

 

056. Avaliação em Portugal “esmiuçada” pela OCDE

As avaliações devem focar-se na melhoria das práticas e das aprendizagens. Os alunos devem ter uma palavra a dizer sobre o seu plano de aprendizagem. Os diretores devem ter mais autonomia e poder de decisão.
Maria João Leite

 

058. Retórica e rotundas

Entra-se no bairro, de carro, depois de contornar três rotundas que interligam ruas transformadas em vias rápidas...
Pascal Paulus

 

060. A história de uma professora negra no acervo fotográfico da UERJ

Zezé apropriou-se de processos curriculares para mostrar aqueles que passaram por processos de invisibilização, silenciamento e discriminação.
Isabel Machado

 

062. Trabalhos de grupo: a economia de esforço

Cada um dedica-se a um capítulo, não se preocupando com o dos outros; no fim, junta-se tudo. Difícil arranjar voluntário que se disponibilize para ler o trabalho de fio a pavio, uniformizando formatações, estilo e linguagem.
Luís Souta

 

064. Educação Social: da intervenção e do profissional

A Educação Social é uma profissão de interações e de relações com as pessoas com quem trabalha, procurando sustentar a sua autonomia.
Ana Vieira

 

066. O acolhimento familiar no distrito do Porto

Para muitas crianças, pode ser a melhor oportunidade de crescer de modo saudável, constituindo uma medida de inegável interesse e motivo de reflexão no âmbito da educação social especializada.
Paulo Delgado

 

068. Imagens com espessura

A informação oculta (dentro e fora) da imagem forma um espaço de curiosidade com qual o espectador se debate, para incorporar, ativamente, mais informação. Ou melhor, produz conhecimento que resulta de uma experiência cultural decorrente desse campo comunicacional, entretanto, gerado.
Portefólio de Adriano Rangel

 

078. Suficiente es plenitud

El peligro de colocar el tope muy alto se incrementa cuando pensamos en los hijos, cuando creemos que es nuestra obligación dejarles la mayor cantidad de dinero, el mayor número de posesiones y de bienes posible.
Miguel A. Santos Guerra

 

080. Penumbra do tempo presente ou incertas paisagens da existência

A insegurança dos cidadãos de diversos países europeus; a geopolítica da morte entre Ásia e África; o agrobusiness avançando sobre a Amazônia; a ansiedade e a amargura de vidas individuais – são melancólicas paisagens dos dias que estamos a viver.
Ivonaldo Leite

 

082. A cigarra e a formiga

Continuamos a esperar dos conclaves de “experts” a descoberta de um modelo de organização socioeconómica que seja mais do que um ansiolítico ou cantiga de embalar.
Leonel Cosme

 

084. Cordeiros e chacais

As sociedades do futuro não se constroem por ideologia, poderão ser tão fortes nas suas virtudes humanas como sejam poderosas a contaminação de bons sentimentos e a coerência dos gestos que apelam a essas virtudes.
Luís Vendeirinho

 

086. A Anarquia não está podre...

Percebendo a Anarquia e a incapacidade dos Estados, os “organizadores” sem rosto do mundo não estão preocupados. Há quem governe e se governe muito bem.
Carlos Mota

 

088. Labirintos

Com estabelecimentos de educação e ensino a abarrotar de dívidas, com dezenas de docentes mandados borda fora e centenas no trapézio, o orçamento da Madeira para 2013 contemplará quase 11 milhões para o sistema desportivo.
André Escórcio

 

090. Chegou o tempo de dar um rumo novo à nossa história

As palavras não mudam a realidade. Mas ajudam-nos a pensar, a conversar, a tomar consciência. E a consciência, essa sim, pode mudar a realidade.
António Sampaio da Nóvoa


092. Ana Filipa Bastos

“Ser investigador em Portugal é assim: somos tratados quase como privilegiados, porque nos pagam para estudar, mas na verdade não temos quase direitos nenhuns, porque temos uma bolsa. As pessoas que querem assentar para fazer investigação não têm grandes incentivos, nem grande estabilidade para o fazer.”
Entrevista conduzida por Maria João Leite / Sílvia Enes

 

098. A importância do metabolismo bacteriano na produção industrial

Os microrganismos têm um papel determinante nas áreas da saúde e da produção alimentar, o que lhes confere uma elevada importância económica.
Departamento de Conteúdos Científicos do Visionarium

 

099. A Saúde Escolar e as dimensões das EPS

Se as dimensões das escolas promotoras da saúde forem uma base para a implementação de programas no âmbito da Saúde Escolar, é necessário realizar algumas adaptações.
Nuno Pereira de Sousa

 

100. Influenciar escolhas em bufetes escolares é missão impossível?

A Escola, a Saúde e as empresas fornecedoras de alimentos, todas têm interesse em que os seus clientes vivam saudáveis.
Débora Cláudio

 

101. Quando (não) agir face a crianças e adolescentes: uma arte difícil

Como distinguir o correto? Como escolher agir ou não agir, que é também uma forma de intervenção?
Rui Tinoco

 

102. Guimarães’2012: coração da cultura europeia

É a terceira vez que uma cidade portuguesa é designada Capital Europeia da Cultura, e na Cidade-Berço a cultura manifesta-se das mais variadas formas.
Maria João Leite

 

105. Sons da Terra: projeto de recolhas musicais da tradição oral

Quem “autoriza” a circulação dos espécimes: quem os interpreta no seio de uma determinada comunidade ou quem eventualmente procede à sua recolha? Quem são, no fim de contas, os verdadeiros guardiães da tradição?
Mário Correia

 

108. Os livreiros à janela e os livros no estendal

No segundo sábado de cada mês, cerca de três dezenas de livrarias e alfarrabistas do Porto realizam o Bairro dos Livros.
Maria João Leite

 

109. What a lady!

Pele seca, Email, Notas sobre mulheres no cinema… Estas eram coisas que a grande, e inacreditável, Nora Ephron incluía na sua lista de «Things I won´t miss», a sua última coleção de ensaios.
Paulo Teixeira de Sousa

 

110. A nau camioneta

Na aula leram um texto para fazerem uma BD, enquanto aprendiam o que eram pranchas, vinhetas, balões. Era uma história muito interessante…
Angelina Carvalho


  
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Edição:

Edição N.º 198, série II
Outono 2012

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