Morno e fresco. Levanta-se em voo. Calmo, largo, sem sair do chão tão firme.
Abre a comporta e as águas inundam o equilíbrio dos níveis. …As paredes suportam o peso, docemente, em inundado silêncio. Seguras, conscientes da força das águas moventes em abertura. E ali ficam presas como são destinadas a ser, Acalmando toda a sede, no seu quinhão de humidade.
A chuva sobe ao céu, o chão perfuma-se de névoas, em ondas, em ondas.
Quem sorve esse ar, sufoca depois em qualquer outro.
A música senta-se nos seus cantos mais íntimos Enche toda a sala, dentro, e expande para quem acompanha o voo, Para quem segura o mundo líquido das águas independentes.
Para quem, de longe e tão perto, mantém a distância que se tem diante das pessoas absolutamente próximas.
Teresa para o Paulo
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