DIZ O NOBEL DA ECONOMIA
O novo Prémio Nobel de Economia, o norte-americano Paul Krugman, afirmou que as relações entre o seu país e a América Latina mudarão se o candidato democrata, Barack Obama, chegar à Casa Branca, segundo uma entrevista concedida em 19 de Outubro ao jornal chileno «La Tercera». Interrogado sobre se as actuais relações mudarão com um democrata no poder, Krugman respondeu: "Sim. Bush opôs-se a alguns governos. Governos não necessariamente desejáveis, mas que haviam sido eleitos e com os quais precisava de se entender". O economista também salientou que a estratégia adoptada pelo actual governo norte-americano em relação a alguns países da região é "ingénua". "A ideia de que a democracia vai produzir sempre governos desejáveis para nós é ingénua e não se pode construir uma política externa sobre essa base", afirmou. Krugman, que como colunista do New York Times é um crítico ferrenho das políticas de George W. Bush, declarou que defendeu o governo venezuelano de Hugo Chávez quando este esteve a ponto de ser derrubado há seis anos. "O que fiz foi denunciar a tentativa de golpe de Estado na Venezuela em 2002. Esse tipo de coisas pertence ao passado e só nos transformam em inimigos, independentemente do facto de Chávez ser um populista típico", explicou. A Real Academia de Ciências da Suécia concedeu na semana passada o Prémio Nobel de Economia a Paul Krugman, pelos seus trabalhos sobre os intercâmbios comerciais. Krugman, de 55 anos, elaborou uma teoria que integra pesquisas sobre intercâmbios comerciais e globalização a estudos sobre os processos de urbanização à escala planetária.
AFP
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