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Relatório da ONU acusa Israel de crime de guerra em Beit Hanun

VIOLÊNCIAS CONTINUADAS 

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou o relatório de uma investigação dirigida por Desmond Tutu sobre o bombardeio do povoado palestino de Beit Hanun (Gaza), em Novembro de 2006, o qual conclui que a operação israelita pode ser considerada um "crime de guerra".
"Na ausência de explicações detalhadas do Exército israelita (...), a missão deve concluir que há uma possibilidade de que o bombardeamento de Beit Hanun constitua um crime de guerra", afirma o documento, apresentado ao conselho pelo arcebispo sul-africano.
A investigação sobre o bombardeamento que matou 19 civis foi dirigida por Tutu, Prémio Nobel da Paz, a quem Israel proibiu o acesso a Gaza. Ele conseguiu realizar as investigações no terreno, porém, entrando no território palestino pela fronteira egípcia.
Segundo uma investigação interna, as autoridades israelitas concluíram que o bombardeamento de alvos civis resultou de "um raro e grave erro técnico do sistema de radar da artilharia" e não tomaram qualquer medida contra as unidades militares envolvidas.
A resolução recebeu 32 votos a favor, nove contra e cinco abstenções.
Votaram a favor: Brasil, África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Bolívia, Burkina Faso, Chile, China, Cuba, Djibouti, Egito, Rússia, Gabão, Gana, Índia, Indonésia, Jordânia, Malásia, Ilhas Maurício, México, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Qatar, Senegal, Uruguai e Zâmbia.
Pronunciaram-se contra: Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Holanda, Grã-Bretanha, Eslováquia e Eslovénia. Bósnia-Herzegovina, Camarões, Coreia do Sul, Suíça e Ucrânia abstiveram-se.
Agora, o Conselho pedirá ao secretário-geral da ONU que preste contas da aplicação das recomendações que figuram no relatório da missão.

AFP


  
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Edição:

N.º 182
Ano 17, Outubro 2008

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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