VENDER OS PODRES
A CGIL, primeira central sindical italiana, que vinha resistindo à compra da companhia aérea Alitalia por accionistas italianos, aprovou a operação em 26 de Setembro, afirmou a agência de notícias Ansa. O sindicato deu o seu acordo durante uma reunião com o governo, na qual participaram também três outras confederações sindicais da Alitalia (UIL, CISL e UGL) que já tinham aceite a venda da empresa, à beira da falência. O acordo deve ainda ser assinado pelas quatro confederações. Os cinco outros sindicatos da Alitalia, que representam os pilotos e o pessoal de navegação, não estavam presentes nesta reunião, o que gera incertezas sobre a aplicação do plano. Os empresários italianos interessados na compra da empresa, reunidos na Companhia Aérea Italiana (CAI), tinham retirado a sua oferta devido à hostilidade da CGIL e dos sindicatos de pilotos e pessoal de navegação. Mas eles aceitaram voltar atrás, após mediação do governo italiano, que conseguiu relançar as negociações. O comissário extraordinário da Alitalia, Augusto Fantozzi, já tinha lançado na internet uma licitação pública para a venda da companhia aérea italiana, que está à beira da falência. Segundo o anúncio, os eventuais compradores poderão adquirir as actividades do seu interesse, sem que tenham que assumir a dívida da empresa, que acumula prejuízos diários de quase três milhões de euros. A dívida da Alitalia, que pertence em 49,9 por cento ao Estado italiano, é de 1,2 mil milhões de euros. Desde o fim de Agosto a empresa está a ser administrada por um comissário extraordinário.
AFP
|