PRECARIEDADE
O mercado de trabalho não-regulamentado avança na Europa, atingindo a quarta parte dos europeus, seja como prestadores de serviços ou consumidores. Estudantes, desempregados e profissionais liberais, são os mais afectados. As conclusões constam de uma pesquisa divulgada pela Comissão Europeia, que tenta diminuir este fenómeno em expansão. "A economia submersa mina o financiamento dos sistemas de previdência social, é um obstáculo para as boas medidas económicas e pode levar ao dumping social. Não há indícios de que o fenómeno esteja a diminuir. Em alguns sectores, inclusive, parece estar a aumentar", disse o comissário europeu de Emprego, Vladimir Spidla, ao apresentar os resultados do estudo. Segundo o relatório, o primeiro sobre esta matéria para o conjunto da União Europeia (UE), "o trabalho não registado continua a ser um problema na Europa e está a minar a capacidade da UE de cumprir as suas metas de gerar mais e melhores empregos e reforçar o crescimento". A nova pesquisa da Eurobarómetro revelou que o trabalho não registado é maior no sul e no leste da Europa. Na avaliação de cada um dos 27 países da UE, a Bulgária (35 por cento do PIB, com sinais de aumento do fenómeno) aparece entre os piores, seguida pela Grécia (mais de 20 por cento do PIB, com provável aumento) e a Espanha (entre 15 por cento e 20 por cento com um aumento no período 2002-2006). No caso espanhol, a regularização dos 500 mil imigrantes realizada pelo governo socialista de Rodríguez Zapatero não conseguiu inverter a tendência.
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