Assim abre um comunicado do Sindicato dos Professores do Norte onde se dá conta do desagrado que está a gerar a Proposta de Lei n.º 145/X, que veio introduzir alterações no Decreto-Lei n.º 84/99, de 19 de Março (que regula o exercício de actividade sindical na Administração Pública).
Os sindicatos acusam o Governo e a Assembleia da República de não ter havido qualquer processo negocial com a FENPROF. Em comunicado, a direcção do SPN questiona: "O que é que poderá levar um Governo a, num ano, definir um determinado número global como referente para o conjunto de créditos sindicais a distribuir pelos vários Sindicatos; no ano seguinte, unilateralmente, (como sempre) reduzir esse número em 33% e um ano depois, em Julho de 2007, pretender baixar o último número em percentagem da ordem dos 80%?"
E reforçam as acusações sobre aquela que dizem ser a intenção do Governo de "anular os sindicatos". Sobre esta posição esclarecem: "Se recordarmos que o primeiro número global que foi imposto já tinha como principal argumento a necessidade de racionalização e moralização da atribuição de créditos sindicais (postura que mereceu, na altura, a compreensão da FENPROF e dos seus Sindicatos) já se tornaria algo duvidoso a necessidade de o cortar em 33% logo no ano a seguir, a menos que se equacionasse mais uma das trapalhadas, incoerências e precipitações em que incorre com impressionante facilidade a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues."
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