CORRUPÇÃO
Pagamentos ilegais de matrícula, fraudes nos exames, desvio de fundos, licitações públicas irregulares e outros métodos ilegais prejudicam seriamente os sistemas de educação do mundo inteiro, segundo um relatório da Unesco. O texto resulta de vários anos de investigação em 60 países nos quais a raiz do problema e o seu custo social foram analisados, além dos meios para remediar a situação. "A corrupção generalizada na educação não apenas custa às nossas sociedades milhões de dólares, como mina seriamente os esforços para dar educação a todos", denunciou o director-geral da Unesco, Koichiro Matsura. Segundo Matsura, esta situação "impede os pais menos favorecidos de enviar os seus filhos para a escola, priva alunos e escolas de material, prejudica a qualidade da docência e, em consequência, o nível da educação em geral, além de comprometer o futuro dos jovens". O relatório da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) revela que estas práticas corruptas existem tanto nas nações pobres como nas ricas. Uma das fraudes passa actualmente pela criação de universidades fictícias na internet. "Entre 2000 e 2004, o número de universidades fictícias na internet quadruplicou e passou de 200 para 800", explica a organização. Os autores do relatório afirmam que "o factor que tem uma influência mais decisiva na luta contra a corrupção é a vontade política nas mais altas esferas governamentais".
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