MENTIRAS
Os ministros das finanças dos sete países mais ricos do mundo (G7), reunidos recentemente numa reunião na cidade alemã de Essen, "ignoraram as suas promessas para ajudar o continente africano formuladas em 2005", acusa a organização não governamental Oxfam. Nessa altura, numa reunião que decorreu na localidade de Gleneagles, na Escócia, os oito países mais ricos (G7 + Rússia) tinham prometido anular a dívida pública multilateral dos 35 países mais pobres do mundo e prometido acrescentar, até 2010, 50 mil milhões de dólares de ajuda suplementar às nações mais desfavorecidas, na sua larga maioria localizadas em África. "É inaceitável que o G7 venha falar de boa governação e da responsabilidade de África voltando atrás com as suas promessas", refere em comunicado a Oxfam. "Para muitos países, como a Tanzânia e Moçambique, que melhoraram a sua capacidade de manter os seus compromissos económicos e aumentaram à sua custa os orçamentos destinados à luta contra a pobreza, um aumento da ajuda é absolutamente indispensável para salvar vidas e enviar mais crianças à escola", argumenta a organização britânica. "Eles cumpriram a sua parte do contrato, é tempo de o G7 cumprir a sua". A Oxfam critica em particular a Alemanha, já que este país fez de África uma das suas prioridades no contexto da presidência do G8, fórum que inclui os Estados Unidos, a França, o Japão, a Itália, o Reino Unido e o Canadá, aos quais se junta a Rússia. "Será que o G8 alemão permanecerá na memória como a cimeira das promessas não cumpridas?", questiona a Oxfam, recordando que a ajuda estrangeira à África sub-sahariana diminui 2,1 por cento, representando um valor de 24,9 milhões de dólares em 2005.
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