O presidente Ahmadinejad do Irão, país que está na mira dos Estados Unidos da América aparentemente pelo facto de estar a desenvolver um programa nuclear que poderá ter uma vertente militar, ao contrario do que afirma Teerão, diz que o Estado de Israel não pode continuar a existir. Na mesma ocasião, o presidente iraniano, disse não acreditar que o Irão venha a ser alvo de sanções por causa do seu programa nuclear, apesar da pressão da comunidade internacional junto de Teerão para que suspenda todas as actividades relativas ao enriquecimento de urânio. Para o presidente Ahmadinejad é pouco provável que o Ocidente faça aquilo que considerou ser uma atitude estúpida: os países que se opõem ao programa nuclear iraniano "são inteligentes o suficiente para não cometerem um tão grande erro". Um pouco mais a Ocidente, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana considerou que a atitude do Hamas ao dificultar um diálogo com Israel e ao renunciar à luta armada prejudica o povo palestiniano que assim deixa de receber ajudas da União Europeia e dos Estados Unidos e correrá riscos de vir a sofrer os efeitos de um desastre alimentar. O presidente palestiniano lembrou que tem poderes para retirar o Hamas do Governo, apesar deste ter vencido as eleições legislativas palestinianas de 25 de Janeiro, situação que, a verificar-se, poderá extremar ainda mais a política no Médio Oriente, a julgar pela própria reacção do Hamas indisponível para acatar pacificamente uma tal solução. Quem também veio falar sobre a situação no Médio Oriente foi, em mensagem áudio, Bin Laden, líder da Al-Qaeda, para quem o corte dos fundos atribuídos ao governo palestiniano do Hamas prova que os Estados Unidos e a Europa estão em guerra contra o Islão, e Abu Mussab Al-Zarqawi, em mensagem vídeo, a garantir que os "guerreiros muçulmanos? estão firmes para o combate. Sublinhe-se que os Estados Unidos da América, nomeadamente pela voz de Condoleza Rice, têm vindo a afirmar que não excluem qualquer solução para o diferendo com o Irão num eco permanente de tambores de guerra. De mais uma guerra, santa ou não, que pode desencadear-se e desenvolver-se no curto espaço de tempo que medeia o dia (25 de Abril de 2006) em que escrevo estas linhas do dia em que são impressas.
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