CONFLITOS
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e dirigentes europeus e muçulmanos divulgaram no final de Fevereiro, em Doha, um comunicado no qual lamentam a publicação das caricaturas do profeta Maomé e a violência subsequente no mundo muçulmano. O secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica (OCI), Ekmeleddin Ihsanoglu, o da Liga árabe, Amr Mussa, assim como os ministros das Relações Exteriores de Qatar, Espanha e Turquia pediram a Kofi Annan que transmita o comunicado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Annan disse que competirá aos países-membros decidir se vão transformar o texto numa resolução da ONU. No seu comunicado conjunto, Annan e os outros líderes expressam que "lamentam profundamente a ofensa causada pelas caricaturas, assim como a perda de vidas e os danos materiais em diferentes países" nas manifestações que se seguiram à publicação dos desenhos. "Reafirmamos o direito universal à liberdade de expressão. Pedimos a todos que exerçam esse direito de modo responsável, que não o utilizem como um pretexto para incitar ao ódio ou insultos contra crenças profundamente enraizadas de qualquer comunidade que seja", completa o texto. No seguimento desta iniciativa reuniu-se a «Aliança de Civilizações». A ideia desta Aliança foi lançada em Setembro de 2004 na ONU pelo socialista espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, e pela Turquia, para aproximar as instituições e a sociedade civil e diminuir preconceitos e a intolerância entre povos de diferentes culturas e religiões.
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