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Uma parceria que sempre dá certo

?O único homem educado é aquele que aprendeu a aprender.?
(Carl Rogers)

A sociedade passa por uma profunda mudança sociocultural que produz insegurança e ânsia por novas certezas, venham de onde vierem.
Atualmente, para cada notícia boa, parece haver sempre duas... três notícias ruins. Percebe-se um carnaval de definições, indefinições e vacilações. Temos sempre a impressão que governo, políticos, cientistas, economistas, agentes de mercado atiram para todos os lados. Há uma busca por experiências estranhas, doutrinas ocultas que levem alguma resposta ao vazio que se instalou nas pessoas. E a impressão que temos é que esse vazio tomou conta também dos mais jovens.
Diante desse cenário, pergunto: qual o papel da escola e qual o papel da família na educação das crianças e adolescentes? A família não estaria ?empurrando? para a escola uma responsabilidade que também lhe pertence? O que as escolas estão fazendo a respeito?
Percebemos numa parcela significativa da população jovem, uma sintomatologia não-específica como angústia, neurose de abandono, agressividade, masoquismo e uma insegurança afetiva, provavelmente gerada por uma distância afetiva familiar, mesmo não tendo havido de fato um abandono.
Uma necessidade ilimitada de amor, de afirmação, transforma-se quase sempre numa incessante busca da segurança perdida. A rede que nos dá sustentação passa primeiramente pelo relacionamento familiar. Nossos outros relacionamentos, das mais diversas naturezas: sociais, de escola, de trabalho, fazem parte desta rede e pela qual nos articulamos segundo a individualidade e formação de cada um.  Todos buscamos proximidade, laços afetivos, quem nos valorize e nos admire.
A responsabilidade da família na educação de seus filhos não pode ser negligenciada. É necessário estabelecer limites e regras, além de garantir que sejam respeitados e cumpridos. É fundamental a participação dos pais na vida cotidiana dos filhos. Tudo isso torna maior a necessidade da escola buscar a participação dos pais nas atividades escolares e estreitar a parceria com as famílias. A crescente necessidade de oferecer a todos os alunos uma educação integral que inclua artes, esportes, formação humana e responsabilidade com o meio ambiente, educação que resgate a auto-estima perdida através da valorização de talentos, visando incentivar e estimular os alunos, não terá valor se vivenciada apenas dentro da escola.  Não podemos dissociar vida familiar de vida escolar uma vez que elas são simultâneas e complementares. Essa é uma via de mão dupla.
Somente através dessa parceria que sempre dá certo, sem transferência de responsabilidades entre escolas e famílias, estaremos garantindo os melhores resultados e o pleno sucesso na formação do sujeito, cidadão atuante, participativo, conhecedor dos seus direitos e deveres.


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 149
Ano 14, Outubro 2005

Autoria:

Laila Aninger
Pedagoga Empresarial e MBA em Gestão Empresarial.Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior e Planejamento e Gestão. Consultora do Projeto Linha Direta em Educação e Gestão de Desempenho.
Laila Aninger
Pedagoga Empresarial e MBA em Gestão Empresarial.Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior e Planejamento e Gestão. Consultora do Projeto Linha Direta em Educação e Gestão de Desempenho.

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