Mais de 100 países comemoram em cada dia 5 de Outubro o «DIA MUNDIAL DOS PROFESSORES». O «DIA MUNDIAL DOS PROFESSORES» é uma oportunidade de, no mesmo dia e no mundo inteiro, se chamar a atenção das opiniões públicas para os desafios e as dificuldades com que os educadores e professores de todo o mundo se confrontam. Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, temos vindo a assistir a duas tomadas de posição contraditórias: ao mesmo tempo que os governos e os líderes de opinião afirmam a necessidade de educação e ensino de elevada qualidade para todos, os mesmos lideres apontam para o embaratecimento da educação e para a proletarização e a perda de prestígio social e de autonomia profissional dos docentes. Um pouco por todo o mundo, e muitas vezes por imposição das mais altas organizações internacionais, assistimos à privatização da educação. Tal processo não significa necessariamente a privatização da propriedade das escolas, mas implica a privatização da sua gestão e dos seus processos e relações de trabalho. Neste «DIA MUNDIAL DOS PROFESSORES» os docentes estão sujeitos a dois grandes desafios: devem, com o seu trabalho, contribuir para elevar o mais possível o nível de formação e de cultura de toda a população e, ao mesmo tempo, devem ser capazes de fortalecer colectivos capazes de contrariar as políticas que tornam cada vez mais difícil e problemático o cumprimento de tal objectivo profissional e social. O jornal a Página da Educação, como colectivo da imprensa escrita, neste «5 de Outubro», reafirma a sua decisão de fazer o que estiver ao seu alcance para que em Portugal e no mundo todas as crianças e adultos possam ter acesso, em cada dia, a uma educação pública que corresponda às necessidades de desenvolvimento de cada indivíduo e da sociedade em que cada um vive. Ser uma pequena Praça da República onde muitos dos que vivem, pensam e amam a educação se encontram, dialogam e fazem opinião, é um propósito reafirmado pela redacção neste cinco de Outubro de 2005. Porque hoje, mais do que nunca, estes espaços de encontro são necessários em Portugal.
|