O desempenho de um estudante pode estar ligado ao seu nome de baptismo, se os seus professores perceberem que ele foi dado por uma família de baixo nível socioeconómico, mostra um estudo realizado na Universidade da Flórida. O estudo analisou mais de 50 mil casos, entre 1996 e 2001, num distrito escolar da Flórida, e percebeu que os professores esperam menos dos alunos com nomes que "soam" terem sido dados por pais de pouca instrução, diz o economista David Figlio. Segundo o académico, estas baixas perspectivas alimentam o fraco desempenho do estudante, como uma "profecia". No estudo, Figlio mostra que um nome "branco", como «Drew», tem melhores classificações em exames de leitura e matemática do que um nome "negro", como «Dwayne». Mas «Dwayne» gera mais expectativas que «D'Wayne» e outros nomes "negros", como «Da'Quan». A diferença é a apóstrofe, percebida como sinal de pouca instrução e baixo nível socioeconómico. Os professores, por exemplo, costumam esperar um desempenho maior de «Charles» do que de «LeCharles». "Estas menores expectativas levam a um desempenho mais baixo do estudante". Figlio, acrescenta que os nomes asiáticos são associados a sucesso, e que há menos expectativas em torno de crianças asiáticas que tenham nomes ingleses. Outros cientistas fizeram estudos semelhantes sobre nomes e seus atributos étnicos e socioeconómicos. Um trabalho de investigadores da Universidade de Chicago e do Instituto de Tecnologia de Massacrastes, por exemplo, afirma que as pessoas com nomes percebidos como "negros" têm metade das chances de conseguirem um emprego do que pessoas com nomes "brancos". Figlio sugere que os professores aprendam a perder os preconceitos que possam afectar os estudantes. "O factor educacional é o maior sector da economia americana (...) Se nos importamos com o crescimento nacional e o bem-estar nacional, devemos preocupar-nos com a educação", disse.
|