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Educação Especial Inclusiva

"Deus me dê a paciência de me conformar com as coisas que não posso alterar, me dê a coragem de alterar as coisas que posso, e me dê a sabedoria de distinguir entre umas e outras" (Christoph F. Oetinger).

A Educação Especial diz respeito ao atendimento multidisciplinar às diferentes necessidades educativas especiais. Seu objectivo principal é promover uma melhor qualidade de vida àqueles que, por algum motivo, são portadores de necessidades educativas especiais, ou seja, todas as pessoas que precisem de métodos, recursos e procedimentos especiais durante o seu processo de ensino-aprendizagem. As necessidades podem ser decorrentes de: deficiência sensorial (auditiva ou visual), deficiência motora, deficiência cognitiva, super dotação ou altas habilidades, transtornos psicomotores, doenças crónicas, transtornos de personalidade, autismo, psicoses, Síndrome de Down, deficiência múltipla, inadaptação social, dependência química e outras.
A Educação Especial não deve ser dissociada da Educação Geral, mas sim dentro dela contextualizada, ou seja, o portador de necessidades especiais deve ser atendido no mesmo ambiente que o não-portador. A esta tendência contemporânea chamamos de Educação Inclusiva, uma vez que o portador de necessidades educativas especiais é inserido em classes regulares de ensino. Afinal, ele é tão digno e merecedor da educação como qualquer outra pessoa.
Nem sempre a comunidade é a favor da inclusão. Também alguns professores, coordenadores, directores e funcionários, desinformados ou pouco esclarecidos, oferecem resistência a estas tentativas. Mas não devemos recuar. Outrossim, precisamos ensinar à sociedade que as pessoas, antes de serem portadoras de necessidades especiais, são seres humanos capazes e dotados de inúmeras possibilidades, com um grande potencial a ser trabalhado. Nada justifica o seu isolamento ou segregação.
Entretanto, cada caso precisa ser analisado em particular, com muita seriedade, pois dependendo da situação geral da pessoa a inclusão pode não ser a melhor alternativa. Uma precipitação na inclusão pode provocar mais frustração do que satisfação ao portador de necessidades especiais, que precisa ter condições mínimas para se adaptar a determinadas realidades. Por exemplo, não seria interessante colocar um portador de paraplegia, para estudar numa classe regular que utiliza uma sala no quarto andar, sem ter elevadores na escola. Como seria o seu acesso à sala de aula?
Atenção e cautela só tendem a nos ajudar a tomar decisões sábias e positivas no que se refere à inclusão do aluno portador de necessidades especiais na escola regular ou no contexto da educação geral.
A Educação Inclusiva deve ser uma realidade nacional, nas escolas públicas e privadas, para que haja realmente um espaço amplo e democrático, destinado a todos, sem discriminações.
Quando falamos em inclusão pensamos em condições necessários à promoção de uma sociedade plural, repleta de diferenças individuais, mas com igualdade de oportunidades.


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 147
Ano 14, Julho 2005

Autoria:

Arthur Moreira da Silva Neto
Licenciado em Pedagogia e pós-graduado em Socioterapia no Brasil. Pós-graduado em Geriatria/Gerontologia na Universidade de Aveiro e mestrando em Ciências da Educação na UCP.
Arthur Moreira da Silva Neto
Licenciado em Pedagogia e pós-graduado em Socioterapia no Brasil. Pós-graduado em Geriatria/Gerontologia na Universidade de Aveiro e mestrando em Ciências da Educação na UCP.

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