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Multiculturalidade

As festas de Natal desaparecem pouco a pouco das escolas britânicas

Neste último Natal, um quatro das escolas britânicas já não organizaram as tradicionais festas de Natal. Esse facto fica-se a dever à decisão de não discriminar as crianças de outras religiões ou sem educação religiosa.
Esta informação foi recolhida através de uma sondagem promovida pelo jornal «The Times» junto de 800 professores e educadores. Neste último Natal, uma em cada sete escolas primárias já não organizaram qualquer actividade em torno das festividades natalícias.
Por seu lado, o jornal «The Sun», um jornal conservador dirigido às classes populares britânicas, com uma tiragem de 3,5 milhões de exemplares, lançou uma campanha intitulada «Salvemos o Nosso Natal".
As iniciativas das autoridades locais ou das escolas públicas, ainda muito minoritárias, que se propõem interditar as manifestações natalícias, de modo a não ofuscarem outras religiões, suscitaram algum mal estar num país que se considera muito tolerante em relação às diferenças religiosas.
Na Grã-Bretanha, as escolas têm professores responsáveis por explicar aos alunos as características e as festas das diferentes confissões cristãs, mas também muçulmanas, hindus, judaicas ou sikhs.
Tradicionalmente, as escolas organizam, antes do Natal, uma peça de teatro colocando em cena todos os alunos que contam a história do Natal, fazendo de pastores, anjos, Maria, José, reis magos, diante dos pais embevecidos. Também organizam concertos onde as crianças cantam as cantigas de Natal.
 Estes espectáculos têm vindo a ser limitados por receio de que eles embaracem as crianças muçulmanas, judaicas ou hindus.
O instituto MORI, que realizou esta sondagem para o suplemento de educação do «The Times», inquiriu 789 professores na Inglaterra e no País de Gales, entre os passados dias 5 de Novembro e 3 de Dezembro.


  
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Edição:

N.º 141
Ano 14, Janeiro 2005

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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