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Aquecimento atmosférico põe em risco vida animal no Ártico

AMBIENTE

O aquecimento da atmosfera poderá provocar uma perturbação de tal magnitude no planeta que acarretará o degelo do Ártico, mudanças profundas na sua biodiversidade e porá em risco a sobrevivência de algumas espécies daquela região, advertem cientistas que se reuniram recentemente em Reykjavik, capital da Islândia.
Dado que o Ártico aquece duas vezes mais rápido do que o resto do planeta, o gelo que o cobre poderia derreter completamente até 2100, revela um estudo sobre o Impacto do Clima no Ártico divulgado durante o encontro. A menos que se consiga uma redução maciça das emissões de dióxido de carbono e de outros gases causadores do efeito de estufa, este processo, na opinião dos investigadores, será praticamente irreversível.
Sob o efeito do aquecimento, os bosques a sul do círculo polar ártico farão retroceder a tundra, grande superfície caracterizada por uma vegetação escassa, mais ao norte, que por sua vez se espalha pelo deserto ártico.
Esta evolução forçará animais como a raposa do ártico, o rato do campo, a perdiz branca e diversas espécies de insectos a migrar mais para sul. Embora nem todas elas estejam condenadas, a sua forma de vida mudará radicalmente ao surgirem outras espécies competidoras.
As mudanças climáticas da região afectarão também os ciclos e as rotas das aves migratórias, forçando-as a voar distâncias muito maiores. A alteração dos hábitos migratórios da andorinha do ártico, por exemplo, que passa o verão na Escandinávia, terá repercussões em ecossistemas situados a milhares de quilómetros dali, nas regiões austrais, onde esta ave passa o inverno.


  
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Edição:

N.º 140
Ano 13, Dezembro 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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