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Trabalhadores-estudantes são penalizados pela sua dupla actividade

TRABALHAR E APRENDER

Os estudantes que trabalham para financiar os estudos na universidade fazem-no muitas vezes em detrimento do próprio aproveitamento escolar, revela um inquérito realizado em França pelo Observatório da Vida Estudante (OVE).
De acordo com este inquérito, que revela números relativos a 2003, perto de metade dos estudantes inquiridos (49%) exercia nesse ano uma actividade remunerada de duração e intensidade variáveis, uns para melhorar o seu orçamento mensal, outros para garantir a própria subsistência.
Em 7% dos casos, as actividades estavam ligadas à realização de estágios integrados nos planos curriculares, mas em 43% dos casos tratava-se de actividades "concorrentes" com a sua formação. Além disso, para estes estudantes, cerca de cem mil, o trabalho que exerciam representava mais do que um simples "part-time" e prolongava-se por um período nunca inferiro a meio ano.
De acordo com o OVE, os trabalhadores-estudantes são não só penalizados por terem de exercer duas actividades simultaneamente, mas sobretudo porque a sua taxa de aproveitamento nos exames é, em média, 30% inferior à daqueles que não trabalham.
Além disso, certas áreas de formação acabam por lhes ser vedadas, como a medicina ou os cursos técnicos especializados, onde a carga horária as 60 horas por semana, o dobro de uma formação universitária normal. O OVE refere também que por comparação a inquéritos anteriores realizados nos últimos dez anos, estes números pouco variaram.


  
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Edição:

N.º 140
Ano 13, Dezembro 2004

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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