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Cartas on-line

Concursos de professores

O recente escândalo dos concursos, que se vem somar aos escândalos dos concursos dos dois últimos anos, mostra como a situação se degradou no ensino em Portugal. Este Governo é ridiculamente incapaz.
Dora 
 
A escola ensina não difunde a fé

A escola tem a função institucional de ensinar e instruir, de formar e educar as novas gerações, e, todos estaremos de acordo quanto a essa sua especial e particular - ainda que não exclusiva - responsabilidade social, cultural e política.
Mas, no essencial, "à escola cumpre ensinar a ciência e não difundir a fé, fomentar o conhecimento e não celebrar a crença, estimular a pesquisa e não exercer a catequese, proporcionar a crítica e não estabelecer o dogma; tal como também lhe compete formar para a cidadania - is-to é, educar para a abertura e a tolerância culturais, para a inclusão e a solidariedade sociais, para a intervenção e a participação cívicas - e não orientar para a adesão a qualquer sistema ideológico ou filosófico, para a filiação política partidária ou para a convicção e a devoção religiosa".
O "laicismo" afirma-se enquanto princípio essencial á caracterização de um ensino moderno, plural e democrático, de um ensino efectivamente capaz de veicular - e até de impulsionar - o projecto da sociedade plural, aberta e inclusiva que hoje pretendemos edificar.
Adélia Nunes 

Apoio ao ensino público
 
O Estado tem um compromisso político como estrutura reguladora e financiadora do Ensino Público. Relativamente ao Ensino Privado deve limitar-se a cumprir a primeira das funções enunciadas, já que a questão do financiamento do Ensino Privado é, por definição, uma questão privada. Admite-se que o Estado possa estabelecer parcerias, em casos excepcionais e perfeitamente regulamentados com escolas privadas, comparticipando financeiramente, entre outras comparticipações financeiras necessárias, no seu financiamento.
Rui Trindade
 
É preciso melhorar a oferta pública

1.ª Se o estado apoiar em demasia o ensino privado, deixa de existir ensino público.
2.ª As verbas que são destinadas ao ensino privado deveriam ser canalizadas para melhorar a oferta pública.
3.ª Todos nós sabemos que algumas instituições de Ensino Privado ( pré -escolar ) só funcionam em função do lucro e vivem de aparências...
4.ª O Ensino privado em termos de contratação de docentes é bastante injusto...funcionam as cunhas...
5.º Se o ensino privado existe este tem que ter capacidade de existir e sobreviver sem "roubar" e destruir o ensino público. Afinal todos nós temos o direito à igualdade de condições, por isso dinheiro que entra no privado deixa de entrar no público...
Ana 


A actuação do M.E. é muito incompetente

A actuação do M.E. é muito incompetente quer porque, de facto, o é quer porque face às expectativas criadas e aos objectivos anunciados pelo ministro, tudo ficou absolutamente aquém do prometido. Isto é, não só não se cumpriu nada do que se disse, como ainda por cima se foi destruindo o que já estava estabelecido. O que os professores têm andado a sofrer por causa dos concursos é a prova cabal desta afirmação.
Rui Trindade 

Deixem de pensar só em números
 
Senhores do Ministério, deixem de pensar só em números. Não importa ter muitos estudantes quando esses estudantes, não tendo incentivo e expectativas próprias, não terminam nem sequer o 12º ano. Se querem ter um país melhor terão também de melhorar as condições que dão aos alunos, quer a nível psicológico, quer a nível físico. Melhorem os espaços e materiais escolares! Porque é que os exames nacionais têm de ser feitos os cinco em apenas duas semanas? Não têm tempo para os corrigir, é? Nem tempo para afixar notas? Têm bom remédio: empreguem mais professores, pois temos tantos em lista de espera. Deixo um concelho: sejam Humanos, pensem em nós, pensem no futuro de Portugal!
Carolina


  
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Edição:

N.º 135
Ano 13, Junho 2004

Autoria:

Redacção

Redacção

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