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Notícias do Ensino Superior

Mais lugares no Ensino Superior
para professores doutorados

As universidades e politécnicos devem abrir lugares para os doutorados que estão fora do sistema de ensino, considera a ministra da Ciência e do Ensino Superior. Maria da Graça Carvalho, defende por isso que a carreira de professor se inicie com o doutoramento. Tudo porque o número de doutorados no interior destas instituições tem vindo a aumentar.
De acordo com os dados do ministério, mais de metade dos professores têm o grau de doutor. Existem cerca de 6600 docentes de carreira com doutoramento feito, ou seja, para cada 26 alunos existe um docente de carreira doutorado.
Estas alterações serão discutidas pelo Governo com os sindicatos, no início deste mês. A quando da apresentação do projecto de Estatuto Carreira Docente para o ensino superior.


Estudantes do Técnico
contra criação de universidade em Viseu


A desorganização da rede do Ensino Superior não se resolve com a criação de universidades e polítecnicos, com os mesmos cursos e por isso com poucos alunos, em áreas relativamente pequenas e a poucos metros de distância entre si, defende Nuno Abrantes, presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico de Lisboa (AEIST). Uma situação que apenas serve para gerar a competição entre instituições e desperdiçar recursos. Para o presidente da AEIST, a solução para esta desorganização ?passa por reformular ou encerrar alguns cursos e alargar a oferta de outros, e não pela abertura de mais uma instituição seja ela onde for?. Nuno Abrantes comentava deste modo a oposição da AEIST à criação de uma universidade em Viseu.


Estudantes e funcionários da Universidade de Coimbra
contra a nova Lei da Autonomia Universitária


A nova Lei da Autonomia Universitária apresentada pelo Governo constitui ?uma ruptura total com a lei em vigor e abre caminho para um retrocesso enorme em relação a muitos dos princípios e valores que hoje pautam as instituições do ensino superior público?, acusam estudantes e funcionários da Universidade de Coimbra.
Num posição conjunta, a direcção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC) e os funcionários (não docentes) da Universidade de Coimbra (UC) alerta que a redução da participação dos estudantes e dos funcionários não docentes nos órgãos de gestão cria o ?risco de formas de governo unipessoal, claramente contrárias ao espírito e à essência académica?.
?O princípio da paridade entre eleitos, consagrado na Lei 108/88, e que nesta proposta de Lei de Autonomia desaparece, é um princípio do qual estudantes e funcionários não docentes não abdicam, sendo fundamental a manutenção do mesmo, a bem de todo o processo democrático que deve envolver a vida das instituições do ensino superior", defendem os dois corpos universitários.


Bolseiros da Universidade de Coimbra
exigem  mais autocarros

 
Os estudantes bolseiros da Universidade de Coimbra alojados nas residências universitárias do Pólo II exigem mais transportes públicos para colmatar a fraca acessibilidade ao centro da cidade. Em causa está o facto de a zona que alberga o Pólo II estar localizada numa encosta elevada do rio Mondego, a cerca de quatro quilómetros do núcleo central da Universidade.
Depois de terem criado uma Comissão de Luta dos Transportes, os estudantes aguardam a resolução do problema pelos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra a quem já entregaram um abaixo-assinado que visa alertar para a questão. De acordo com os responsáveis por esta comissão de luta, a falta de transportes agrava-se após as 20h e antes das 8h da manhã, durante a semana, e aos fins-de-semana.


80% dos inscritos para os exames nacionais do 12º ano
serão candidatos ao ensino superior

Oitenta por cento dos  122.630 alunos que se inscreveram para a 1ª fase dos exames do 12º ano pretende candidatar-se ao ensino superior.
Para tal vão realizar mais de 417 mil provas nacionais, sendo as mais habituais as de Português B e Matemática.  
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação sobre este assunto, a população estudantil envolvida diminuiu consideravelmente em comparação com os dados dos últimos quatro anos. Assim, entre 2000 e 2004, registiou-se uma diminuição na ordem dos 34 mil candidatos. Sendo que Guarda, Bragança, Porto cidade, Lisboa ocidental, Viana do Castelo e Santarém são alguns dos agrupamentos onde essa perda foi mais significativa. Uma das consequências desta quebra é a diminuição do número de exames nacionais realizados, que há quatro anos superou a fasquia do meio milhão de provas.  
Recorde-se que estes exames contam 30 por cento para a nota final do 12º ano e entre 35 por cento e 50 por cento no acesso ao ensino superior. Entre inscritos, a maioria são raparigas, sendo que os rapazes representam 43 por cento do total de inscritos. A média etária ronda os 19,5 anos.


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 135
Ano 13, Junho 2004

Autoria:

Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação
Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação

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