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Federação nacional dos Professores: Orçamento hipoteca futuro do país

O Orçamento de Estado para a área da Educação prevê uma diminuição do investimento entre 2003 e 2004 na ordem dos 4,2%. Este é um dado objectivo extremamente difícil de compaginar com aquilo que é hoje uma posição política assumida de que o futuro de um país depende da Educação e da qualificação dos seus quadros. A Fenprof não pode aceitar que este orçamento hipoteque, de certa forma, o esforço que deve ser feito para aproximar o ensino e a qualificação profissional dos portugueses da média europeia.
Numa altura em que se reconhece que seria necessário investir particularmente na educação básica, onde os dados, por comparação com os restantes países europeus, mostram que somos claramente inferiores; numa altura em que se torna necessário relançar os cursos tecnológicos do ensino secundário, uma área que exige grandes investimentos; numa altura em que se reconhece que temos no ensino superior o mais baixo número de licenciados e técnicos da europa comunitária, esta estratégia de desinvestimento na Educação não augura nada de bom e a Fenprof considera-a um retrocesso.
Nesta perspectiva, as escolas, que neste momento já lutam com grandes dificuldades no seu funcionamento quotidiano, irão agravar a sua situação. Muitas delas serão obrigadas a encontrar maneiras de transferir verbas das receitas correntes para repôr aquilo que deveriam ser receitas de investimento. Vai concerteza conseguir-se tapar buracos, mas irá acentuar-se o atraso estrutural do nosso ensino.

(Depoimento retirado de entrevista)


  
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Edição:

N.º 129
Ano 12, Dezembro 2003

Autoria:

António Avelâs
Membro do Secretariado Nacional da FENPROF
António Avelâs
Membro do Secretariado Nacional da FENPROF

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