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Cartas on-line

1 ? Na actual conjuntura internacional, você:

Defende o recurso à guerra
É favorável a uma solução pacifica
Adopta uma atitude de neutralidade

As guerras não produzem segurança

O Governo de Bush defende esta guerra em nome da democracia e da segurança. Mas as guerras não produzem nem democracia e menos ainda segurança. Esta guerra vai provocar uma maior fractura entre os povos árabes e os ocidentais. Mais divisão e mais ódio. Os mais fracos são vencidos no terreno da guerra mas como dizia o poeta "não há machado que corte a raiz ao pensamento". Vencidos militarmente sobrará o ódio por gerações.
A guerra não pode produzir democracia porque produz mortos e os mortos não votam.

Sara Oliveira

Sadam, Bush, Blair e Cª ao tribunal

Os planos da guerra estão prontos há muito tempo. O actual governo americano foi escolhido para a fazer. O objectivo é controlar o Médio Oriente e a Ásia Central. O objectivo é servir duas grandes indústrias a do petróleo e a do armamento. O outro objectivo é deixar claro quem manda no mundo actual.
No Iraque as cidades estão à espera de serem destruídas. Milhares de pessoas, hoje vivas e a fazer o seu dia a dia, estão condenadas a morrer nas próximas semanas. Elas não sabem mas a morte acampa à volta da fronteira iraquiana. Bush, Blair e Cª não passam de miseráveis assassinos. Conseguem ser mais frios, mais calculistas, mais sanguinários do que Sadam. Deviam ser todos levados ao mesmo tribunal. Deviam ser todos condenados pelo sangue derramado, pela destruição e pelo sofrimento provocados.

Jorge Ribeiro

2 ? Guerra do Iraque. A posição do Presidente da República é diferente da do 1º Ministro. Você apoia a posição do:

Presidente da República
Do 1º Ministro
Não tem opinião

Equilíbrio e subserviência

A posição do Presidente da República é uma posição equilibrada a favor das soluções pacificas, da Lei internacional, do respeito por uma organização internacional que tendo defeitos e precisando de ser melhorada é o que temos para regular as relações internacionais. A posição do Presidente da República é ainda uma posição que favorece a construção da União Europeia. Tenho a criticar o facto do Presidente não ter sido até agora mais incisivo na apresentação da sua posição aos portugueses, muitos nem sabem qual a sua posição tão discreta ela é.
A posição do 1º Ministro é uma posição de seguidismo, de subserviência. Uma subserviência que começa por o ser em relação à Espanha. O 1º Ministro agiu por cálculo e calculou mal. Mesmo que quisesse dar apoio à guerra não devia ter embarcado num método que objectivamente foi de grupo e de confronto no seio da União Europeia. Podia ter dito que apoiava a guerra mas que continuava à procura de uma posição comum na UE. Mas não, foi atrás do Asnar e Asneirou. O Asnar vai ter o prémio de ir para o grupo do G8. Portugal vai para o grupo dos pobres idiotas, dos compráveis por tuta e meia.

Sara Oliveira

Durão para o caixote do lixo

Confesso que ainda não percebi a posição do 1º ministro. Que ideia lhe terá passado pela cabeça? Que objectivos teve ao apoiar tão entusiasticamente a guerra? Foi só para se dar ares de protagonista? Não mediu as consequências? É mesmo tão parvo como parece? O que o terá levado a atrelar-se ao espanhol? Apoia a guerra por convicção? Nesse caso sabe quais os verdadeiros motivos e objectivos dos americanos? Será tão idiota que pense que se trata mesmo de anular uma ameaça global? Quer apenas ficar do lado dos vencedores das guerras? Renúncia ao entendimento no seio da União Europeia? Segue Paulo portas que não quer a União Europeia?
Em qualquer caso a decisão é lamentável. Espero que os portugueses saibam somar dois e dois e percebam que o homem não serve nem para a política interna, nem para a política externa. E, em consequência, o mandem para o caixote do lixo da história política.

Casimiro de Brito

3 ? Portugal atravessa uma grave crise económica. As principais causas são:

Essencialmente a conjuntura internacional
A herança política do governo anterior
A conjuntura internacional conjugada com uma má governação
Essencialmente a má governação

Um Governo da direita burra

Com o actual governo não vamos longe. Este é o governo mais retrógrado que tivemos depois da queda do fascismo. Além de direita e retrógrado é composto por pessoas extraordinariamente incompetentes. O 1º ministro é fraquíssimo. Dos outros ministros não há um só que se aproveite, mas alguns estão muito abaixo da mediocridade. Os secretários de estado são, regra geral, uns garotos mal formados e intelectualmente deformados. Nunca fizeram nada de jeito na vida. Experimentem fazer o currículo profissional de cada um dos ministros e de cada um dos secretários de estado e verifiquem a desgraça.
Com o governo mais fraco que tivemos desde o 25 de Abril estamos condenados a um par de anos difícil. Logo que haja eleições é preciso mandar esta rapaziada aprender qualquer coisa na vida. É dar-lhes mais um ano de disparates e pedir eleições.

Salete Marques

Estou farto de desculpas

Estou cansado de desculpas. Já não se pode. O Guterres retirou-se por temer que, sem maioria parlamentar e portanto sem poder enfrentar determinadas dificuldades, o país caísse num pântano. Não caímos num pântano mas o actual governo PSD-PP conseguiu, em menos de um ano, fazer-nos cair num abismo. Não é fácil encontrar um governo tão incompetente como o actual.
Já não se suporta a mesma lengalenga de que a culpa é do governo anterior. O governo anterior herdou o mesmo país com os mesmos vícios e virtudes e com os mesmos séculos de história. Se este enfrenta um clima económico desfavorável o anterior também enfrentava um clima económico desfavorável nos últimos anos.
O clima económicos desfavorável, a nível mundial, começou com a subida ao poder dos governos de direita e de extrema-direita em vários países do mundo. A direita e a extrema-direita têm políticas que levam à depressão. Desprezam os aspectos sociais e os interesses da maioria dos cidadãos e colocam-se a reboque dos interesses imediatos do grande capital. Portanto a recessão é inerente às políticas de direita. Julgo que não foi o Guterres quem deu cabo da economia americana. Julgo que foi o Bush o dono do Durão. Julgo que é Bush, Blair e agora o idiota do Aznar a conduzir o mundo para mais uma situação de guerra e de crise.
Esperamos que estes idiotas do nosso governo mudem de cassete e comecem a fazer alguma coisa ou, caso contrário, o país começa todo aos vómitos. E começa a ser tempo de o Presidente da República pensar em dar-nos a oportunidade de, em eleições, mandarmos estes incompetentes fazer outra coisa na vida.

Carlos Jorge Mendonça

4 ? Nas escolas a educação sexual:

Deve ser uma disciplina como as outras
Deve ser proporcionada aos alunos fora do regime disciplinar
Não deve ser objecto de estudo obrigatório

Por uma área social e política

Existe uma vasta quantidade de aprendizagens a realizar pelos alunos que não podem ser formatadas como uma disciplina. Pode haver uma área social onde os alunos adquiram conhecimentos que vão da sexualidade à política, passando por questões como as drogas, o alcoolismo, a vida urbana, a circulação rodoviária, as actividades culturais, doenças transmissíveis, saúde alimentar, consumo, etc. etc. Todas estas aquisições devem ser abordadas de forma prática e simples. Não se deve meter aqui o complicador.

Guilhermino Marques

Educação sexual fora da escola

A educação sexual é uma das aquisições a fazer for a da escola.
As escolas devem ser reservadas para o ensino do conhecimento científico. Os conhecimentos de natureza social, bem como os da saúde devem desenvolver-se noutras organizações sociais. No caso da educação sexual pode ser promovida pelos organismos locais (a criar) ligados à saúde. Estes organismos devem também oferecer formação na área da prevenção das drogas (incluindo o álcool) e de outras doenças como a SIDA, a hepatite, etc.
Estes organismos devem estar abertos a jovens e adultos.

Sandra Reis


  
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Edição:

N.º 122
Ano 12, Abril 2003

Autoria:

Redacção

Redacção

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