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Guerra?

Sociedade de Guerra, de confronto, sendo a Guerra o acto por excelência mais brutal de todos, a negação da nossa Humanidade, Guerra que impõe e implica a total ausência de diálogo, de comunicação entre os seres humanos, Guerra que mais uma vez nos faz duvidar da famosa classificação que um dia alguém deu aos Humanos: "Homo Sapiens Sapiens"... Sapiens? Onde anda a sabedoria dos que matam com mais eficácia, dos que vão depredando recursos em busca de armas, mais armas, armas mais eficazes. Sabe-se que com o que se gasta na pesquisa armamentista poderiam tantos lucrar tanto: seria a Globalização do Humano, do Conhecimento, em vez da continuação do terror, do terrorismo, da fome da doença da subnutrição. "O que se globaliza é o devaneio", disse um dia Carlos Fuentes, não é a cultura, o respeito pelo outro. A Escola é também alvo da Bomba, o Hospital, a fábrica, tudo o que pode melhorar as condições de vida das pessoas pode também ser arrasado.
Depois nova desordem surge, e urge instaurar outra ordem, pela força dos tiros. Sem vigilância e punição não conhecemos Poder. O Poder Humano baseia-se nisso: vigiar e punir (disse-o Michel Foucault). É possível que seja assim para sempre, mas enquanto vivemos vamos trabalhando com os alunos uma forma de ser que divirja desta. É difícil, mas não é impossível: a famosa Educação para a Paz, para o diálogo intercultural.


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 122
Ano 12, Abril 2003

Autoria:

Maria Gabriel Cruz
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real
Maria Gabriel Cruz
Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Vila Real

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