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Dia a dia

03.11
Estudantes pouco informados

Os estudantes portugueses com 15 anos são os que têm menos acesso aos meios informáticos. Segundo os dados da OCDE, constantes do relatório "Education at a Glance 2002", existe um computador para cada 36 alunos. Nos Estados Unidos ou na Austrália, cada um é partilhado por cinco alunos. A média europeia é de um computador para 13 miúdos. O uso das novas tecnologias é fundamental para a entrada no mercado de trabalho, lembra o documento.

05.11
Novais Barbosa contesta reforço de verbas

O reitor da Universidade do Porto, (UP), Novais Barbosa, está "muito incomodado" com o facto de o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, já ter garantido que as instituições com maiores dificuldades financeiras receberão apoios extra. "O que vai acontecer é que haverá uma cobertura de défice sem se atender ao equilíbrio que a fórmula de financiamento estabelece entre as instituições. É uma medida péssima, que vai castigar as que mais esforço fizeram", comentou ontem Novais Barbosa.

05.11
«Falantes de português» a leccionar

O ensino do Português no estrangeiro atravessa uma «crise», chegando a haver situações «caricatas», como nos Estados Unidos da América e no Canadá, onde padeiros e mecânicos garantem a aprendizagem da língua aos luso-descentendes. A indecisão criada sobre quem deveria ter a tutela do Ensino fora de portas, que envolveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros (através da Secretaria de Estado das Comunidades) e o ME, acabou por atrasar todo o processo de colocação de docentes.

06.11
Futuros professores de línguas chegam mal preparados ao Superior 

Os estudantes que optam pelas licenciaturas de Línguas e Literaturas continuam a chegar mal preparados às universidades. Alguns daqueles que serão os futuros professores do básico e secundário estão mesmo convencidos que é no ensino superior que devem suprir essas deficiências.  Esta é uma das conclusões a retirar da leitura dos 20 relatórios realizados pela Comissão de Avaliação Externa (CAE) para a área das línguas, no sector público e privado.

07.11
Ferro diz que 25 milhões resolviam problemas das universidades

O secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, afirmou ontem que é "incompreensível" a situação no ensino superior, pois só seriam necessários mais 25 milhões de euros (cinco milhões de contos) para resolver os problemas das universidades. (...) "Só se pode compreender esta atitude do Governo com as universidades como uma forma de autoritarismo político", salientou.

08.11
Justino quer novo modelo de financiamento

O ministro da Educação disse (...) que vai avançar com um novo modelo de financiamento das escolas profissionais, a aplicar inicialmente nas escolas da região de Lisboa e Vale do Tejo e que se prevê alargado a todo o País a partir de 2006.  (...) Segundo o novo modelo, ditado pelo fim dos fundos comunitários, o financiamento de cada escola irá depender da sua capacidade de atrair alunos e da consequente inserção profissional. "Apoiaremos os sistemas que valorizem o mérito e que assentem em projectos educativos sólidos'; afirmou o ministro.

08.11
Foi você que pediu um diploma?

?O estudo conduzido pela Confederação [dos Conselhos de Reitores da União Europeia] concluiu que, nos estados membros da União Europeia, não existe, em geral, uma regulação específica ou mecanismos de controlo para o ensino transnacional?, denuncia um parecer do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (...) O parecer, assinado por Adriano Moreira, faz questão de salientar que os exemplos vão surgindo amiúde, como o caso de uma situação verificada recentemente num subúrbio de Londres, onde um pequeno edifício, com uma simples caixa de correio, constitui a ?maior fábrica de diplomas do mundo, albergando cinco universidades, que, em dois anos, emitiram mais de cinco mil diplomas?.

09.11
Lisboa e Porto têm mais analfabetos

Lisboa e Porto estão na lista dos 18 concelhos de Portugal que, na última década, registaram um crescimento na taxa de analfabetismo ou no número total de pessoas que não sabem ler nem escrever - segundo os dados do Censos 2001.

09.11
Alunos lusos gostam dos professores

Os alunos portugueses são dos mais satisfeitos com o tempo e a atenção despendida pelos seus professores. A conclusão consta do relatório "Education at a Glance", divulgado esta semana pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Se é verdade que alguns indicadores colocam Portugal na lista dos piores membros da OCDE em matéria de Educação, o mesmo não acontece no que se refere à opinião que os nossos alunos têm sobre o ambiente na escola, que elegem de resto como um dos factores mais positivos do ensino.

12.11
CE aponta desafios para Portugal

A luta contra o abandono escolar e o investimento na formação contínua são os maiores desafios que o Governo tem de enfrentar na área do emprego nos próximos anos, alerta a Comissão Europeia (CE). No relatório anual sobre a situação do emprego na União Europeia(...) a CE considera que, para enfrentar os níveis educacionais baixos e a fraca qualificação dos trabalhadores, é «crucial» a estratégia de aprendizagem ao longo da vida adoptada por Lisboa em 2001.

13.11
Abandono escolar precoce é o dobro da UE

Portugal tem a maior taxa de abandono escolar precoce da União Europeia (UE), mais do dobro da média comunitária, segundo dados divulgados pela Comissão Europeia (...). O relatório conjunto sobre o emprego na UE refere que a taxa de abandono escolar precoce em Portugal foi "de longe a mais elevada da UE" em 2001, com 45,2%, enquanto que a média comunitária foi de 19,4%.

16.11
Ciência Viva sofre corte de 50% nas verbas para 2003

O programa Ciência Viva sofreu um corte de verbas de mais de 50% para o próximo ano. Dos 13,4 milhões de euros orçamentados em 2002, o programa destinado a promover a ciência entre crianças e jovens, recebe agora uma dotação orçamental de 5,5 milhões de euros (soma de fundos nacionais e comunitários). Na base desta redução está a diminuição do financiamento nacional. No Orçamento de Estado para 2003, as verbas a atribuir ao programa são de 1,5 milhões de euros, contra os cinco milhões de euros de 2002.

16.11
Os riscos da desqualificação

O baixo grau de qualificação de nível secundário da população activa portuguesa é um factor de alto risco para fixar os postos de trabalho no território nacional depois de 2004. Com efeito, enquanto que apenas 21,6% dos portugueses possui uma educação superior a nove anos, perto de 80% da força laboral dos países de Leste candidatos à adesão à UE possui esta qualificação.

20.11
Salários de professores perdem peso

O peso na economia dos vencimentos dos professores portugueses com 15 anos de profissão foi o que mais caiu no espaço da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre 1994 e 2000, segundo o relatório anual da organização intitulado «Análise das Políticas de Educação 2002».  Em 1994, o peso das remunerações destes docentes no Produto Interno Bruto (PIB) nacional era de 2,44% e em 2000 caiu para 1,52%, a maior quebra no conjunto dos 30 países da OCDE.

21.11
Desempregados: 500 novos por dia

O desemprego, registado até final de Outubro pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), ascendeu às 365240 pessoas, mais 14436 do que no mês anterior (quase 500/dia) e mais 41935 relativamente a igual mês de 2001. Se o Governo e o Eurostat se guiassem pelos dados do IEFP (...) teríamos uma taxa de desemprego na casa dos 6,7%, longe das previsões governamentais e da própria Comissão Europeia (5,5% para 2003).


  
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Edição:

N.º 118
Ano 11, Dezembro 2002

Autoria:

Redacção

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