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DREC de Coimbra e CAE de Castelo Branco assassinam associação de pais

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB 2/3 do Tortosendo está, desde Maio último, compulsivamente arredada dos seus direitos e deveres enquanto legítimo representante dos Pais e Encarregados de Educação  desta Escola.

Sem direitos de representação, qualquer associação deixa de fazer sentido. E é assim que nos sentimos: à beira de sermos assassinados. Só falta mesmo deixarmos de resistir e desistir. Porque nos sentimos já cansados de protestar junto da DREC, da CAE e da Escola e, até, do Sr. Ministro da Educação; cansados de esperar que alguém queira resolver a situação. Deixam-nos "pendurados" em reuniões sucessivamente adiadas, em contactos que nunca se fazem, e sem alternativas que não seja a denúncia pública duma situação que não podemos mais calar.
Com a criação do Agrupamento de Escolas do Tortosendo, foi elaborado um novo Regulamento Interno do Agrupamento. No conjunto das Escolas do Agrupamento só uma tem Associação de Pais, mas no Regulamento Interno aprovado ficou salvaguardada a representação dos pais das escolas sem associação, por nível de ensino.
A DREC e a CAE "entenderam" que só podia eleger representantes uma "Associação de Pais do Agrupamento" ou a "Assembleia Geral de Pais do Agrupamento", sem o que o RI não seria homologado. E assim se fez, com o protesto dos representantes da Associação de Pais que, com esta "habilidade", se viu expulsa do Agrupamento.
Temos o direito legal de representar os Pais e Encarregados de Educação da Escola EB 2/3 do Tortosendo. Não reconhecemos esse direito a nenhuma outra entidade.
Por isso, entendemos que a atitude da DREC e da CAE é ilegal. Não podem retirar-nos direitos que a Lei nos reconhece, como associação activa e legalmente constituída, com Estatutos publicados no Diário do Governo.
Tal atitude é injusta. Ao esforço que temos feito para viver a Escola, "recompensam-nos" com a tentativa duma eliminação bruta e fria, e às nossas queixas respondem-nos com indiferença cínica e silêncios cúmplices.
Afinal, a quem (não) interessa os pais na Escola? Não compreendemos como podem organismos oficiais assumir comportamentos tão pouco "educados" - ilegais, pouco disponíveis a reconhecer erros, menos ainda a repará-los, tão pouco a assumir responsabilidades. Assistimos a uma verdadeira "cultura da desresponsabilização". Permitem-se inventar com a ligeireza do desleixo, sem cuidarem das consequências. Ou, então, o que ainda será mais grave, numa atitude premeditada para, como "foras-da lei", perpetrarem o acto assassino.
Nós somos apenas uma simples Associação de Pais, a quem a Lei reconhece o direito e o dever de estar na Comunidade Educativa, que não quer desistir da Escola e que, por isso reclama justiça e a reposição da legalidade.
Como nós, muitas outras Associações espalhadas pelo País a quem deixamos o alerta da nossa experiência para que possam prevenir-se no futuro.


  
Ficha do Artigo
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Edição:

N.º 118
Ano 11, Dezembro 2002

Autoria:

Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica 2/3 Tortosendo

Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica 2/3 Tortosendo

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