A União Europeia (UE) apresentou no início de
Julho aos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC)
a sua proposta para negociar a liberalização do comércio
de serviços. Com esta proposta, que não inclui os sectores do
audiovisual, da saúde e da distribuição de água,
Bruxelas pretende "garantir mais mercados abertos para os serviços
europeus" e "marcos normalizadores que dêem confiança
e segurança a investidores e consumidores", informou uma fonte europeia.
A UE apresentou propostas sobre serviços profissionais, empresariais,
telecomunicações, serviços postais, infra-estruturas, distribuição,
serviços financeiros, transportes, energia e meio ambiente. No que respeita
à educação, os europeus admitem alguma abertura em relação
ao ensino superior, de que o tratado de Bolonha é, aliás, um exemplo.
No documento, a UE salienta a importância de as negociações
apoiarem o "desenvolvimento constante" e fomentarem "uma maior
participação dos países em vias de desenvolvimento nas
negociações sobre serviços, que representam mais de 50%
do seu Produto Interno Bruto". Bruxelas apresentou a sua proposta três
dias depois de os Estados Unidos o terem feito, apresentando "alguns temas
comuns", mas também "divergentes".
|