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Iraque retoma ano escolar sob sansões da ONU
Perto de cinco milhões de jovens iraquianos iniciaram em meados de Setembro um novo ano escolar, uma vez mais sob o embargo imposto pela Nações Unidas, decretado em 1990, o qual tem provocado, de acordo com as autoridades daquele país, uma deterioração sem precedentes do sistema educativo nacional. O ministro da educação, Fahd Salem al-Chaqra, afirma que, apesar do embargo, o governo procedeu à impressão de 25 milhões de manuais escolares, distribuídos gratuitamente aos alunos de todo o país, inclusivamente nas províncias curdas de Sulaimaniya, Erbil e Dohuk, no norte, que escapam totalmente ao poder de Bagdad depois da guerra do golfo.

O Iraque, que se orgulhava de ter um dos melhores sistemas de ensino do mundo árabe, graças ao "boom" petrolífero dos anos 70, afirma que as sanções da ONU provocaram uma deterioração generalizada do sistema de ensino e um absentismo elevado entre alunos e professores, e acusa os Estados-Unidos e a Grã-bretanha, presentes no comité de sansões, de travar a ajuda humanitária autorizada pelo programa "petróleo por alimentos", nomeadamente daquela que se destina ao sector educativo. Este programa, uma derrogação do embargo, autoriza o país a exportar quantidades determinadas de petróleo bruto para adquirir produtos de primeira necessidade sob o controlo da ONU.

AFP

  
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Edição:

N.º 106
Ano 10, Outubro 2001

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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