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A Educação em Portugal, segundo a OCDE

A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico apresentou esta semana o relatório “Education at a Glance”, dando conta do estado da Educação em todo o mundo. De acordo com o relatório, e entre os vários dados apresentados, a classe docente em Portugal está envelhecida e apenas 30% dos estudantes terminam o Ensino Superior no tempo previsto de três anos.

A classe docente tem vindo a envelhecer nos últimos anos, sendo uma das mais envelhecidas entre os países da OCDE. De acordo com o relatório, mais de 40% dos professores do Ensino Básico ao Secundário têm 50 anos ou mais, sendo a média da OCDE de 36%, e que apenas 1% tem menos de 30 anos, sendo a média da OCDE 10%.

“O envelhecimento da força de trabalho docente acelerou-se na última década. Em 2005, cerca de 16% dos professores tinham menos de 30 anos e apenas 22% tinham 50 anos ou mais. O acentuado envelhecimento da profissão docente pode ser parcialmente explicado pela diminuição da população em idade escolar em algumas regiões do país e o consequente processo de consolidação da escola, que juntos limitaram o recrutamento de novos professores”, refere o documento.

Avança a OCDE que os alunos do Ensino Básico têm mais tempo de aulas do que na maioria dos outros países da OCDE – em Portugal são dadas 8.214 horas de ensino, enquanto a média da OCDE é de 7.590 horas.

Segundo o relatório, embora a taxa de estudantes matriculados no Ensino Superior seja elevada, a conclusão do curso “continua a ser um desafio”. O relatório revela que apenas 30% dos estudantes conseguem terminar a licenciatura nos três anos previstos e que o abandono do curso antes do segundo ano é de 12%.

“Em Portugal, cerca de 41% das pessoas com idades entre os 19 e os 21 anos – a idade em que o Ensino Superior começa na maioria dos países da OCDE – estão matriculadas no Ensino Superior, acima da média da OCDE de 37%. Concluir o Ensino Superior, no entanto, continua a ser um desafio. Apenas 30% dos estudantes que entram formam-se em três anos, a duração esperada do curso (a média é 39%). Em seis anos, a conclusão aumenta para 65%, que continua abaixo da média de 67%”, lê-se no documento, que indica que Engenharia, Construção, Gestão e Direito são os cursos mais populares e estão também nas áreas de formação com maiores ganhos médios.

O relatório aponta que existe uma taxa de matrícula relativamente elevada na Educação Pré-escolar, mas que, no entanto, os gastos por criança continuam abaixo da média da OCDE. Quase 20% das crianças com menos de 1 ano frequentam berçários ou creches, sendo esta a quarta taxa mais alta entre os países da OCDE, contra uma média de 9% na OCDE. A taxa aumenta para 40% entre as crianças com 1 ano de idade, sendo a média 40%, e para 52% entre crianças de 2 anos, sendo 62% a média da OCDE. Entre os 3 e os 5 anos, a taxa de frequência é de 92%, sendo dados de 2017, estando acima da média de 87%.


  
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