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Greve de professores obrigou MEC a anunciar novo exame de Português

Depois de ter recusado marcar uma nova data para o exame nacional de Português (12º ano) que decorreu no dia 17, no sentido de evitar as consequências da greve geral de professores convocada para o mesmo dia, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou que os milhares de alunos que não puderam realizar a prova, por falta de professores, vão poder fazê-lo no próximo dia 2 de julho – estavam inscritos cerca de 75.000 estudantes.

Os sindicatos de professores consideram, entretanto, que a greve foi uma das maiores no setor, com uma adesão na ordem dos 90%. Para a Federação Nacional dos Professores, o MEC recusa essa leitura, “refugiando-se nos 70% de alunos que fizeram exame e desvalorizando o facto de cerca de 20.000 não o terem conseguido fazer”, mas, acrescenta a Fenprof, “o que deverá merecer a atenção do MEC é que houve escolas onde, apesar de a realização de exames ter sido assegurada, a adesão atingiu os 95%”.

Acrescenta a estrutura sindical que “o mais importante foi protestar contra as políticas educativas e as medidas que o MEC pretende impor, e não impedir os alunos de fazerem exame”, responsabilizando a intransigência do MEC “pela quebra de equidade entre os estudantes” que realizaram e vão realizar a prova, face a eventuais diferenças de dificuldade entre as duas.

Ao anunciar a nova data, o ministro da Educação garantiu um “rigoroso cumprimento na equidade da avaliação”, frisando que “em caso algum, o novo exame poderá prejudicar os alunos” que o vão realizar. Sobre alegadas irregularidades na realização do exame, denunciadas pelos sindicatos, Nuno Crato referiu que o Júri Nacional de Exames analisará as ocorrências e que, se for necessário, os alunos lesados poderão repetir a prova no dia 2 de julho.


  
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