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a Página

Editorial

Anunciamos no passado mês de Dezembro o termo da publicação do jornal mensal a Página da educação. Apontámos então duas linhas de orientação para um segundo ciclo da editora Profedições e de a Página da educação.

José Paulo Serralheiro





QUEM CONCEBEU ESTE MODELO (DE AVALIAÇÃO) SÓ PODE SER IGNORANTE

Manuel Henriques Santana Castilho é professor coordenador da Escola Superior de Educação de Santarém, departamento de Educação e Currículo. Foi presidente da Comissão Instaladora da ESES entre 1985 e 1993, assumindo igualmente a presidência do conselho científico entre 1987 e 1992, tendo sido o primeiro professor coordenador do quadro desta instituição. Foi membro do VIII Governo Constitucional como subsecretário de Estado para os Assuntos Pedagógicos no Ministério da Educação e das Universidades. É autor de diversas obras de carácter científico e didáctico e foi director da revista de política educativa “Pontos nos ii”, de cuja direcção de demitiu alegando ingerência nos conteúdos editoriais por parte da entidade promotora, a Texto Editora. Como consultor e formador, tem trabalhado para algumas das maiores empresas portuguesas, para o Banco Mundial e para a União Europeia. É também cronista do jornal “Público”, onde, às quartas-feiras, escreve de forma polémica e num tom bastante crítico sobre o sistema educativo e os seus actuais responsáveis. No seu habitual registo cáustico, Santana Castilho denuncia nesta entrevista as incongruências e as debilidades que, na sua opinião, marcam o sistema educativo português, critica a ministra da Educação por não ter um projecto para a escola portuguesa e acusa a actual equipa de Maria de Lurdes Rodrigues de não ter “competência técnica nem humana” para assumir a tutela.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





Importa pensar a abundância dos artefatos tecnológicos nas cenas da educação actual. Não descurar a construção colectiva, no interior da escola, da sua utilização. É que chuvas de Verão são tão intensas quanto rápidas. Será o caso das chuvas de meios tecnológicos nas escolas?

Raquel Goulart Barreto





A escola, na sua globalidade, não desenvolve destrezas ao nível do discurso oral. Deveria fazê-lo. Somos anestesiados do debate público porque, desde cedo, não somos treinados e motivados para argumentar.

Felisbela Lopes





Um aspecto relevante refere-se aos horários dos blocos de programas para a infância ... os canais tendem a programar o grosso dos conteúdos direccionados aos mais novos em horários em que eles estão maioritariamente fora de casa...

Manuel Pinto





Identificar uma nova problemática para a educação para as próximas décadas e formas de a considerar e abordar é um desafio extremamente complexo, cujos parâmetros político, social e económico e âmbito parecem não ser claros para ninguém.

Roger Dale





A CORRIDA ACADÉMICA AO ARMAMENTO

Os rankings conferem estatuto, e, por seu turno, o estatuto auxilia a universidade a captar fundos e talentos (…) “Não ajuda muito um estudante que procura um departamento de física saber que a Universidade A é mediana, quando o departamento de física é excelente”.

Susan Robertson





Até há bem pouco tempo, era-nos dito que as situações de desemprego radicavam, principalmente, nos baixos níveis de “empregabilidade”, susceptíveis de ser eliminados por um maior investimento na educação. Este tipo de discurso constitui uma variante da habitual cantilena dos dirigentes e poderosos que pretendem “defender o nosso bem” e, ao mesmo tempo nos culpabilizam por não o alcançarmos.

Rui Canário





Os modelos de avaliação dos sistemas educativos europeus têm vindo a convergir para um conjunto de instrumentos e de práticas comuns. Salvaguardando as inevitáveis especificidades inerentes a cada país, coloca-se hoje mais enfâse na avaliação global do sistema e menos na avaliação individual dos professores. Apesar disso, os docentes são cada vez mais responsabilizados pelo seu desempenho, do qual depende cada vez mais a sua promoção e nível salarial. Partindo de dados recolhidos no Euridyce, a Página aponta algumas das actuais tendências no campo da avaliação educacional na Europa.

 

que têm optado por este método
contam-se República Checa, Holanda,
Portugal, Suécia, Reino Unido e Islândia.
Apesar da convergência de processos ser
cada vez mais comum, cada país possui,
como não poderia deixar de ser, as suas
especificidades.
Na Dinamarca, por exemplo, as escolas
têm autonomia para desenvolver os seus
próprios sistemas de avaliação de professores,
não existindo regulamentações oficiais
relativamente a esta matéria. Na
Islândia dá-se preferência a um sistema de
auto-avaliação, com cada escola a implementar
os seus próprios métodos e decidindo
se e de que forma o trabalho deve
ser avaliado. Apesar destes avanços, muitos
países têm mantido um sistema de inspecção
de professores conduzido por entidades
especializadas exteriores à escola.
Estas inspecções podem ser posteriormente
comunicadas à respectiva tutela,
como acontece em França, ou às autoridades
regionais competentes, como é o caso
Aferir a qualidade dos sistemas educativos
europeus é uma preocupação crescente
quer por parte do poder político quer dos
profissionais de educação – e à qual não
será também certamente alheia a crescente
pressão social em torno desta questão.
Apesar de ser um conceito discutível
e de estar na origem de um debate interminável,
o controlo dos índices de qualidade
é habitualmente concretizado através
de diversos processos: monitorização
global do sistema, avaliação externa e
interna dos estabelecimentos de ensino e
avaliação individual dos professores.
Habitualmente, a prática mais comum é
interrelacionarem-se estes dois últimos
processos. Poucos são os países, aliás, que
RICARDO JORGE COSTA

Ricardo Jorge Costa

 





... Um sistema que secundariza a educação desportiva escolar, abandonada pelo poder político, sem dinheiro, circunscrita no presente ano lectivo a oito concentrações inter-escolas, enquanto correm, no orçamento regional de 2009, 35,7 milhões de Euros para alimentar o monstro criado em redor da representação regional, no quadro de um desporto ao serviço da política e não de um desporto ao serviço do desenvolvimento (…).

André Escórcio





A Europa até pode ter no papel uma estratégia toda pomposa como a de «Lisboa 2000-2010», contudo, falta-lhe prospectiva. Falta-lhe, como diria Gaston Berger, capacidade para ver longe e com amplitude; para analisar em profundidade; para arriscar e; para pensar verdadeiramente nas pessoas.

Gustavo Pires





O teólogo Padre Mário de Oliveira é uma consciência vigilante, vivendo não só à maneira de Espinosa do “amor intellectualis Dei”, mas também de uma fé que santifica porque nos faz mais solidários e fraternos (a dificuldade da mensagem de Jesus está aqui e não em rezar terços, ou venerar santinhos).

Manuel Sérgio





Atravessamos uma crise de confiança. Há uma crise económica e mil explicações dela mas nenhuma  clara e confiável. Os discursos do poder estão dessintonizados com a realidade. E, no entanto, para sair desta crise é urgente reactivar a confiança.

Miguel Ángel Santos Guerra





... as relações entre o inglês e prazer, felicidade, êxtase, sofisticação são repetidamente reiteradas nos anúncios e propagandas, nos filmes e séries, nas músicas e revistas.

Gisvaldo Bezerra Araújo-Silva





Na bucólica paisagem, os toscos casebres abrigavam famílias fustigadas pelo abandono de séculos, morava um povo submisso aos desígnios de Deus e dos “coronéis” locais. Poderia faltar o pão, mas sobravam piolhos e preconceitos.

José Pacheco





Almerindo Janela Afonso

Almerindo Janela Afonso é Licenciado em Ciências Políticas e Sociais e Doutorado em Educação, na área de conhecimento de Sociologia da Educação. É Professor Associado do Instituto de Educação da Universidade do Minho e Pesquisador do Centro de Investigação em Educação (CIEd). As suas áreas de interesse na investigação e docência centram-se nos domínios da sociologia da educação, políticas educativas e avaliação educacional, temas sobre os quais tem publicado artigos em diversas revistas da especialidade, nacionais e estrangeiras, bem como em outras obras, das quais se destacam “Políticas Educativas e Avaliação Educacional” (UM, 1998); “Avaliação Educacional: Regulação e Emancipação” (Cortez, 2005, 3ª Ed.); e, em co-autoria, “Reformas da Educação Pública. Democratização, Modernização, Neoliberalismo” (Afrontamento, 2002). Co-organizou recentemente, com Teresa Esteban, o livro “Olhares e Interfaces. Reflexões Críticas sobre a Avaliação” (São Paulo: Cortez, em publicação). Em 1999 recebeu o Prémio “Rui Grácio” de Ciências da Educação, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação e Fundação Calouste Gulbenkian. É membro de conselhos científicos de prestigiadas revistas académicas e membro de diversas associações científicas nacionais e internacionais, entre as quais a European Evaluation Society e a International Sociological Association. É um dos mais prestigiados investigadores na área da avaliação educacional em Portugal. Aqui, a Almerindo Janela Afonso pedimos a sua opinião essencialmente sobre um tema que tem marcado a política educativa em Portugal: a avaliação.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





La Pedagogía Social, no puede ni debe situarse al margen de todas as iniciativas educativas que asuman propósitos emancipatorios, aún en situaciones tan adversas como las que supone educar a personas que están en la condición de prisioneros. Lo dijo de otro modo Antonio Lobo Antunes tomando como título de su relato el breve fragmento de una canción americana: “cualquier luz es mejor que la noche oscura”.

José António Caride Gómez





Mais importante do que tentar ser «o melhor do mundo», o melhor professor, o melhor aluno, a melhor escola, é tentar ser «o melhor para o mundo», respondendo com sentido de solidariedade ao outro que, sendo diferente, nos é próximo.

Isabel Baptista





Numerosas investigaciones realizadas han permitido demostrar la correlación existente, en diferentes comunidades, entre un elevado capital social y múltiples resultados de tipo sociopolítico. El trabajo socioeducativo sobre el capital social de nuestras comunidades puede contribuir de forma determinante a poner coto a otras formas relacionales que reducen a lo estrictamente económico la riqueza pluridimensional de las relaciones humanas.

Xavier Úcar





O que parece importante discutir é o modo como as escolas, concebidas como organizações de facto e também de direito, podem participar no processo de resistência afirmando-se como locais de discussão e de concepção de políticas educativas.

Manuel António Silva





TIRAR PARTIDO DA CRISE. ASSUMIR UM PAPEL NA LIDERANÇA MUNDIAL

Que nova ordem mundial poderá emergir da actual crise e qual o papel da Europa nesse novo contexto? Num artigo intitulado “A Perestroika americana”, publicado no jornal “Público” em Fevereiro deste ano, João Caraça, director do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, defende que ela representa o fim do Império americano e que abre uma grande oportunidade que a Europa deverá saber aproveitar. Diz que a resposta está na refundação das instituições europeias. A propósito deste artigo, conversámos com o autor, que é também Professor Catedrático convidado do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, professor agregado em Física pela Universidade de Lisboa (UL), consultor para a Ciência do Presidente da República e membro Integrado do Centro de Filosofia das Ciências da UL.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





Bem se esforçaram as editoras em promover alguns nomes desconhecidos, potencialmente capazes de agarrarem o testemunho mas, em boa verdade, faltou sempre um último fôlego...

Júlio Conrado





O título é a tradução de Éloge de la bicyclette (Éditions Payot & Rivages, 2008) de Marc Augé cuja leitura inspirou este texto e do qual retirei a citação que o abre.

Tive a minha, mesmo minha, primeira bicicleta com 8 anos. A custo de muitas quedas, esfoladelas e outras dores, aprendi a equilibrar-me numa velha pasteleira, roda 24, grande demais para o meu tamanho, pertença de um rapaz da vizinhança que, a troco de dar trambolhões no meu par de patins, me deixava, de bom grado, experimentar a sua bicicleta.

Filipe Reis





Diz o adágio que mais vale prevenir que remediar. Ora, há muito tempo que os portugueses não seguem este adágio. Não previram a morte da galinha dos ovos de oiro, que foi o fim do Império, nem se precaveram contra as consequências da perda da Índia, do Brasil e, por fim, das colónias de África.

Leonel Cosme





Clint Eastwood está de volta, atrás e em frente à câmara, com um filme de extrema violência simbólica e ao mesmo tempo de um humor inesperado. Gran Torino marca um início de ano cinematográfico assinalado por um desfile impressionante de stars americanas nos ecrãs portugueses: Brad Pitt, Mickey Rourke, Tom Cruise, … coincidente com o momento em que outra star americana invade os pequenos ecrãs de todo o mundo, Barack Obama.

Paulo Teixeira de Sousa





“Exótico (adjectivo), do Latim exoticu, vem ainda do Grego, exotikós, significando estrangeiro. Em Botânica e Geologia diz-se dos animais ou plantas que não são naturais dos climas para onde foram transportados. Que não é indígena; pode querer também dizer estrangeiro; extravagante,
esquisito; estranho; singular; excêntrico.” (1)

Carlos Mota





A crusta terrestre é já examinada e explorada economicamente em boa parte da sua extensão e espessura, como um novo território ainda objecto de descoberta de novos seres geológicos e de novas riquezas.

Rui Namorado Rosa





O Sr. Primeiro-ministro chegou. A Direcção Regional também. Com toda a comitiva habitual, e um enorme cortejo de comunicação social.

Angelina Carvalho





POLITÉCNICO À BOLONHESA

Antropólogo de formação pela Universidade Técnica de Lisboa e Mestre em Social Education pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos, Luís Souta é professor coordenador do Departamento de Ciências, Multiculturalidade e Desenvolvimento da Escola Superior de Educação de Setúbal tendo já aí exercido funções de presidente do Conselho Científico e, mais recentemente, de presidente do Conselho Directivo. Para além da docência, Souta é também um apaixonado pelas Letras, sendo colaborador regular de vários jornais – entre os quais se contou ao longo dos últimos anos a PÁGINA – e autor literário. Tendo em conta a sua vasta experiência na área do Ensino Superior Politécnico, quisemos saber junto de Luís Souta as dificuldades que atravessam actualmente as instituições que integram este subsector do ensino superior e os desafios que se lhe colocam no futuro próximo.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





Aprender e ensinar constituem dois processos que deverão estar no cerne do trabalho que se desenvolve em qualquer escola. (…) O desenvolvimento do currículo, o ensino e a aprendizagem, têm que se centrar no que Michael Young designa por conhecimento poderoso, ou seja, o conhecimento especializado que os professores têm que dominar com segurança.

Domingos Fernandes





Quem são os professores? O que fazem os professores que os distingue dos outros profisionais? Quem os emprega como professores, o que espera deles? Pode esperar tudo? Tudo, o que é tudo?

Arsélio de Almeida Martins





Como lidar com a transição entre o Ensino Básico e o Ensino Secundário? Uma alternativa seria permitir ao aluno seguir uma via a que chamo Via Segura. O aluno iria frequentar disciplinas transformadas em que os conhecimentos em falta fossem leccionados integrados nos conhecimentos previstos nos programas do 10º ano…

Jaime Carvalho e Silva





As crianças, no seu papel de alunos, não se questionam e aceitam as regras de um jogo que não foi com elas negociado, pois não o aceitarem pode condicionar as suas vidas e, portanto, o seu “sucesso”.

Maria José Araújo





Hoje o debate político nos Estados Unidos de alguma forma profundamente refém do mainstream media continua na cerca construída entre ‘republicanos e democratas’. Os meios de comunicação dominantes teimam em reduzir o debate apenas e tão só entre as fobias republicanistas e Obamaianas.

João Paraskeva





Cada criança constrói, reconstrói, a seu modo, no jogo, na aprendizagem, na interacção, uma nova dimensão: um terceiro. Não se trata de copiar, de imitar, apenas. Há uma dimensão da autoaprendizagem; da autoformação.

Ricardo Vieira





EDUCAÇÃO DE SEGUNDA OPORTUNIDADE

Todos os anos, cerca de quinze mil jovens portugueses saem da escola sem completarem o nono ano de escolaridade, aumentando as fileiras de cidadãos desqualificados. A Educação de Segunda Oportunidade, lançada na Europa em 1995, quer assumir-se como uma resposta educativa alternativa em relação sos sistemas formais de educação e formação. Para saber mais sobre este projecto, conversámos com Luís Mesquita, um dos mentores deste projecto em Portugal e presidente da Associação para a Educação de Segunda Oportunidade (AE2O).

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





Muitas das crianças e jovens que hoje integram o Sistema Escolar são, literalmente, filhos do insucesso e do abandono (…) questionamos toda uma organização que reduz o tempo de convívio diário entre pais e filhos.

 

Joaquim Marques
ICE – Instituto das Comunidades
Educativas
Rui Pedro Silva

Joaquim Marques
Rui Pedro Silva

 





«Ler conquista-se.» Georges Jean, O Poder de Ler (1978)

Betina Astride





Nas diversas culturas são vários os gestos que nos fazem diminuir perante alguém: rojar-se no chão, dobrar o corpo, fazer uma vénia, pôr-se de joelhos… já a postura oposta mostra sinais de arrogância. Estes dois padrões de comportamento: um de humildade e outro de arrogância originam na Pedagogia atitudes e modelos de actuação muito diferentes.

David Rodrigues





É preciso que a Educação seja encarada de forma transdisciplinar, de forma inclusiva e com metodologias eficazes a desenvolver a partir de opções de fundo que conduzam os jovens por um caminho de crescimento harmónico e cultural que consagre valores universais e direitos individuais.

Rafael Tormenta





Será que as escolas de tempos idos podem ser qualificadas como melhores que as de hoje? O que as fariam melhores? O que havia nelas que não há nas de hoje...?

Paulo Sgarbi





Em Agosto de 2001 era publicado, em Portugal, o primeiro ranking de escolas. Desde essa altura, os rankings passaram a ser publicitados todos os anos por vários meios de comunicação social e têm estado no centro de um intenso e polémico debate. Atenta a esta questão, Benedita Portugal e Melo, professora do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, conduziu um estudo através do qual procurou analisar a reflexividade simbólico-ideológica do debate mediatizado, mas sobretudo perceber os efeitos da sua publicação nas práticas profissionais dos professores. Intitulado “Os professores do ensino secundário e os rankings escolares - reflexos da reflexividade mediatizada”, o estudo será publicado em livro em Setembro deste ano. Nesta entrevista damos a conhecer, e antecipamos, algumas das conclusões que resultaram deste trabalho de investigação.

Entrevista conduzida por Ricardo Jorge Costa





INVESTIGAÇÃO E PRÁTICA

A recente exigência do grau de mestre – para além de uma licenciatura em educação - para a docência, só pode tornar-se oportuna e útil se a componente de investigação for genuinamente incorporada no 2º ciclo de formação (mestrado).

Carlos Cardoso





«O que está por detrás de Bolonha são os problemas dos salários europeus muito elevados, agravados pelo que resta do sistema do Estado/Providência, os quais prejudicam a posição da Europa na nova economia global».

Manuel Matos





Ninguém recusa a necessidade de promover mudanças substanciais no quotidiano das nossas escolas. Algumas mudanças podem ser dolorosas. No entanto, a dor, a angústia e a tensão vivida pelos docentes, ao longo destes últimos quatro anos, foi inútil.

 

Ariana Cosme
Rui Trindade





No filme Entre os muros da escola, os alunos tampouco se intimidam diante do poder legitimado. Dessacralizando a estrutura escolar,  eles denunciam incoerências éticas e ridicularizam  práticas pedagógicas desconectas da vida.

Edwiges Zaccur





AGENDA AMBIENTAL

Ao realçar os escopos de uma ecologia do meio ambiente, das relações sociais e da subjetividade humana, Guattari apreende a questão como totalidade e nomeia como ecosofia a relação entre estas três ecologias

Ivonaldo Leite

 

 






Jogos e actividades em grupo podem contribuir para estimular estilos de vida saudáveis relacionados com o exercício físico, a saúde mental ou a alimentação para a saúde.

Rui Tinoco





COMUNIDADES

Haverá alguma diferença entre as comunidades reais e as comunidades virtuais? O que será que as distingue? À partida, é a tecnologia e o meio envolvido: o computador e o acesso à Internet.

Adelina Silva





O Canadá autorizou este ano a caça de 280 mil focas em sua costa atlântica, anunciou em a ministra da Pesca do Governo Canadiano, Gail Sheal.

AFP





Cerca de dois milhões de crianças morrem de diarreia em cada ano, apesar da existência de um tratamento "simples" e "quase milagroso", denunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

AFP





A revista National Geographic e o instituto de pesquisa Globescan realizaram um inquérito a nível mundial para avaliar o impacto do estilo de vida dos consumidores sobre o meio ambiente e chegaram à conclusão que estes têm vindo a dar uma crescente importância a esta questão. Uma mudança de atitude que, no entanto, não tem motivações exclusivamente altruístas, já que é em grande medida estimulada pela crise económica.

AFP





De acordo com estatísticas recentemente divulgadas pelo governo norte-americano, um em cada 131 adultos encontrava-se detido no final de Junho de 2008 nos Estados Unidos - número que aumentou em relação a 2007 -, com a população negra a manter-se, de longe, como a mais representada no sistema penitenciário americano.

AFP


  
A Página impressa
Edição N.º 185, série II
Verão 2009


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