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O actual ritmo de aumento da população mundial põe em perigo os recursos naturais, o que por sua vez ameaça a saúde pública e o desenvolvimento económico e social, segundo um relatório recentemente publicado pela Universidade John Hopkins de Baltimore, nos Estados Unidos. Um desenvolvimento viável exige a desaceleração do crescimento da população, que cresce actualmente mil milhões de habitantes a cada 13 anos, estimam os autores do estudo "População e Meio Ambiente: o desafio planetário".

"A maioria dos países desenvolvidos consome os seus recursos mais rapidamente do que a reprodução destes", sublinham Don Hinrichsen e Bryant Robey, investigadores daquele organismo. E "a maioria de países em desenvolvimento, com um crescimento acelerado da sua população, enfrenta necessidades urgentes para melhorar as suas condições de vida", recorrendo, por isso, aos seus recursos naturais, que sofrem danos irreparáveis, ocasionando a "falta de água, o esgotamento dos solos, a perda de florestas, a poluição do ar e da água, a degradação do litoral".

"Se não se seguir as regras para um desenvolvimento sustentável, a humanidade enfrentará um ambiente que se deteriorará e poderá causar um desastre ecológico", destaca-se ainda no relatório. Para ambos os autores, um desenvolvimento adequado passa pela desaceleração do aumento da população mundial, a fim de "ganhar tempo para proteger os recursos naturais". Entre as medidas que devem ser postas em prática pelos governos, segundo eles, figuram o uso mais prudente da energia, uma melhor gestão das zonas urbanas, a protecção da água, um maior controle da exploração das florestas e a preservação das terras de cultivo.

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