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A web na aprendizagem

Vivemos a realidade de novos conceitos em todas as áreas de atuação do indivíduo. Estas mudanças e seus efeitos estão alicerçados no imediatismo virtual interativo, porém não podemos fechar os olhos para a existência de renitentes que insistem em se manter alheios ao que acontece ao seu redor. Este tipo de comportamento está gerando certo isolamento, primeiro sinal de uma exclusão próxima, uma vez que, o dia a dia em rede é uma realidade que veio para ficar.
Na educação não é diferente. A iniciativa de se incorporar à didática recursos tecnológicos como TV, vídeo, data show é antiga. Infelizmente a aplicação destas ferramentas não passou de uma prática meramente ilustrativa quando poderia ter sido uma fonte geradora de desafios cognitivos. Acontece que até pouco tempo atrás este comportamento não interferia de maneira decisiva no resultado final da aprendizagem, mas hoje a nova linguagem de comunicação invadiu a escola, e o professor tem que se integrar à comunicação em rede para poder falar a mesma linguagem que seus alunos dominam e usam no seu cotidiano. Para que isso ocorra a parceria escola/professor/aluno tem que existir total e integralmente uma vez que, pressupõem-se, todos tenham um objetivo comum, a aprendizagem.
Muitos professores tentam incorporar às práticas pedagógicas o uso das ferramentas da Web 2.0, porém muitas escolas insistem em manter inativos os laboratórios de informática sem dispor de um profissional da área para promover sua utilização com fins educacionais.
Isso ocorre em razão da visão errônea e desatualizada do uso dos computadores e da internet. O rótulo de usar a Net somente para jogos e banalidades ainda faz parte dos conceitos obsoletos de muitos diretores de escolas.
A melhor forma de aprender a utilizar o computador é utilizando-o. Como poucos profissionais da educação o utilizam como ferramenta de aprendizagem, o material para se compartilhar é escasso.
O e-mail é a ferramenta mais conhecida e usada por todos os indivíduos. O profesor pode enviar resumos, propostas de debates, títulos para pesquisas, e tudo o mais que sua criatividade propor fazendo da Web uma sala de aula sem paredes, propiciando a participa tanto dos alunos "tagarelas" quanto dos tímidos e retraídos.
Os alunos ao acessarem o resumo da semana, por exemplo, estarão fixando o conteúdo trabalhado e favorecendo a possibilidade de constatação de possíveis dúvidas. Caso elas existam poderá questionar via e-mail informando o professor sobre as lacunas existentes e sobre os pontos que deverá reforçar em sala de aula. Se o aluno não tiver computador em casa poderá dispor do computador da escola no horário que melhor lhe convier.
Além do e-mail, existem os blogs, fotoblogs, WebQuests, Fóruns, Listas de discussões e outras TICs que são ferramentas propiciadoras de participação e colaboração de todos os integrantes. Além de colaborar com a aprendizagem esta prática favorece o desenvolvimento amplo do indivíduo fazendo com que ele se torne um formador de opinião, exercite a linguagem escrita, exponha seus pensamentos, aprenda a exercer a cidadania e muitas outras possibilidades tão importantes na construção e formação do cidadão.
Já que os alunos estão completamente interados e integrados com o ciberespaço, é hora da escola e dos professores arregaçarem as mangas e colocarem a mão na massa, ou melhor dizendo, colocar a mão no mouse.

Cybele Meyer


  
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Edição:

N.º 176
Ano 17, Março 2008

Autoria:

Cybele Meyer
Advogada, Artista Plástica, Professora
Cybele Meyer
Advogada, Artista Plástica, Professora

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