NO MELHOR PANO

A rainha dos programas de entrevistas da televisão americana, Oprah Winfrey, disse estar arrasada com as acusações feitas contra a supervisora da residência estudantil da sua escola para meninas pobres na África do Sul, segundo as quais a supervisora abusava sexualmente das estudantes. "Fiquei meia hora a dar voltas em minha casa a chorar", disse a apresentadora, que assumiu a responsabilidade pelo caso.
"Esta foi uma das experiências mais devastadoras da minha vida", continuou Oprah, que fundou a milionária escola no início deste ano, com recursos próprios e, supostamente, com uma direcção privada de excelência.
Oprah também afirmou que não era directamente responsável pela contratação da supervisora da residência para as escolas em Joanesburgo, mas, acrescentou: "a responsabilidade final é sempre minha".
A apresentadora indicou que apesar dos antecedentes terem sido verificados, as práticas da escola para contratar funcionários serão melhoradas. A supervisora acusada, Virginia Tiny Mokgobo, de 27 anos, foi posta em liberdade após pagar uma fiança.
A supervisora da residência estudantil foi presa após duas semanas de investigações conjuntas da polícia local e assistentes sociais dos Estados Unidos. Oprah disse que pediu perdão aos pais e estudantes da «Oprah Winfrey Leadership Academy» e confiou que a escola se irá recuperar do escândalo. As instalações de elite, de 40 milhões de dólares, totalmente financiadas pela Fundação Winfrey, dão educação gratuita a 152 meninas de toda a África do Sul escolhidas pelo seu «nível de inteligência e qualidade de liderança».