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Alemanha reabre debate sobre ampliação do G-7 a países emergentes
A Alemanha reabriu recentemente o debate sobre a ampliação do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) às potências emergentes, como o Brasil e o México. "Estamos no início de um processo de ampliação do G7 e do G8, porque há muitos temas que interessam a todos os países emergentes importantes, não apenas à China e à Índia, mas também à África do Sul, ao Brasil, ao México e à Austrália, para citar apenas alguns", sublinhou este alto responsável. Apesar de o processo ainda não foi iniciado formalmente, mas acho que dentro de dois, três ou quatro anos não teremos um G7 ou um G8, mas um G10 ou um G14", disse. "Na prática, já é quase assim", admitiu. Steinbrück referiu, por exemplo, que "não faz sentido que a Rússia não seja um membro pleno do G7", depois de o ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin, ter declarado que o seu país deveria participar plenamente neste grupo restrito. "Mas há razões políticas que não permitem nossa participação", disse Kudrin ao jornal alemão Die Welt. Na prática, a Rússia já pertence ao grupo dos oito países mais poderosos do mundo, que Vladimir Putin presidiu em 2006. No ano passado, a chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou-se contra a ampliação do G7 e do G8 às potências emergentes, alegando que algumas delas, como a China, não têm sistemas democráticos plenos.
Esta discussão, no entanto, reflecte a importância cada vez maior que os países mais industrializados do mundo vêm dando aos emergentes, o que também afecta a estrutura do Fundo Monetário Internacional (FMI). A ideia de debater este tema serve para evitar que alguns países estejam
"pouco representados", como tem acontecido. Em Setembro do ano passado, numa reunião em Singapura, o FMI avançou no sentido de conferir maior representação a este conjunto de países emergentes, dando mais peso a quatro nações representadas neste organismo: México, China, Coreia do Sul e Turquia. Países como a Índia, o Brasil e a Argentina deverão ainda esperar pela segunda etapa, que irá definir, até ao final de 2008, os critérios para calcular o peso de cada um dos 184 Estados membros.

  
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Edição:

N.º 165
Ano 16, Março 2007

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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