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Dois milhões de bebés morrem anualmente à nascença no terceiro mundo

Segundo um estudo recentemente divulgado pela organização britânica ?Save the Children?, cerca de dois milhões de bebés morrem anualmente à nascença nos países em desenvolvimento. No total, 20 por cento das dez milhões de crianças que falecem antes de completar cinco anos de idade não chega a viver mais de 24 horas, um milhão morre sem chegar a uma semana de vida e quatro milhões perecem durante o primeiro mês.~
O Relatório de 2006 sobre a ?Situação das Mães no Mundo" afirma que a maior parte das mortes de recém-nascidos, provocada sobretudo por infecções, complicações pós-natais e problemas de peso, são evitáveis. De facto, estes números poderiam ser reduzidos em 70% através do recurso a medidas simples, como a vacinação das parturientes contra o tétano e a presença de uma parteira, explica a ?Save the Children?.
"As primeiras horas, dias e semanas da vida de um recém-nascido são cruciais e certas medidas de saúde básicas podem fazer a diferença entre a vida e a morte ", lembrou a presidente da organização, Jasmine Whitbread.
Para a ?Save the Children?, o número surpreendente destas mortes é um dos problemas de saúde que menos atenção recebe em todo o mundo. Os falecimentos de recém-nascidos é um fenómeno tão frequente em muitos países em desenvolvimento que os pais preferem não atribuir nomes aos filhos antes de estes completarem entre uma semana e três meses.
Estes elevados índices de mortalidade poderiam também ser consideravelmente reduzidos se as mulheres jovens tivessem um maior acesso à educação, à nutrição e a medidas de contracepção modernas, refere ainda o relatório. Outras das medidas avançadas pela organização no sentido de diminuir o número de mortes de recém-nascidos no Terceiro Mundo prendem-se com um tratamento mais rápido das infecções, maior formação em termos de práticas higiénicas e a implementação de cuidados sanitários de qualidade para as progenitoras após o parto.
O relatório classifica a Suécia no topo dos 125 países analisados no estudo, à frente de outros países escandinavos, com o último lugar a ser ocupado pelo Níger.


  
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Edição:

N.º 157
Ano 15, Junho 2006

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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