Página  >  Edições  >  N.º 154  >  Notícias do Ensino Superior

Notícias do Ensino Superior

Reino Unido

Estudantes de Oxford obrigados a estudar mediante contrato 

Os estudantes inscritos num dos 39 ?colégios? da Universidade de Oxford podem vir a ser obrigados a assinar um contrato que os obrigará a estudar, revelou um porta-voz do estabelecimento de ensino britânico.
Este contrato poderá obrigar os estudantes a assistir às aulas, a redigir certos trabalhos e sobretudo a pagar as propinas que vão duplicar a partir do ano lectivo de 2006/07 até a um máximo de 4.390 euros, nas grandes universidade, como é o caso da Oxford.
De acordo com o jornal ?Times?, o contrato destina-se a proteger a universidade contra os litígios levantados pelos estudantes pondo em causa o pagamento de propinas quando se sentem defraudados com os cursos ou com as notas obtidas. Michael Beloff, presidente do Colégios Trinity, vê a medida a resposta à necessidade de estudantes e colégios verem contratualizadas as suas obrigações mútuas. Opinião contrária tem Emma Norris, presidente do Sindicato dos Estudantes de Oxford: ?Não temos problema nenhum em frequentar as aulas e em entregar trabalhos escritos. Mas o contrato proposto é unilateral. Não faz referência a um nível mínimo exigível de qualidade de ensino, nem à necessidade de por fim às rendas altíssimas cobradas pelos colégios.? Entretanto, o sindicato já escreveu aos colégios pedindo para ser ouvido nesta matéria.
Julian Nicholds, vice-presidente para a educação, do Sindicato Nacional de Estudantes, disse, também em declarações àquele jornal britânico, que o argumento do litígio não se pode sobrepor ao direito dos estudantes insatisfeitos a apresentar queixas e a exigir mais qualidade no ensino. Disse ainda que o contrato pode vir a ser injusto para com os trabalhadores-estudantes, forçados a trabalhar para pagar os empréstimos contraídos para os estudos. ?Haverá sempre um conflito entre o emprego e os horários da universidade ? 38 por cento dos estudantes-trabalhadores são obrigad os a faltar às aulas e 21 por cento não consegue entregar os trabalhos exigidos durante o curso ? e esta situação vai tornar-se mais comum na medida em que as dívidas aumentam com a subida das propinas?, acrescentou. Apesar da Conferencia de Colégios de Oxford ter aprovado o contrato-estudante os colégios não têm obrigatoriamente de o utilizar. Mas é provável que outras universidades britânicas possam seguir este exemplo.

Emiratos Árabes Unidos

Universidade Francesa da Sorbonne implanta-se em Abou Dhabi

É o primeiro projecto do género. A Universidade da Sorbonne, França, vai abrir uma ?filial? na cidade de Abou Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos no final de 2006.
Esta extensão da prestigiosa universidade francesa deverá acolher nos próximos três anos cerca de 1.500 estudantes dos Emiratos Árabes Unidos e de outras monarquias petrolíferas do Golfo.
A Sorbonne de Abou Dhabi entrará em funcionamento com 200 estudantes e uma formação em língua francesa nas áreas da História, Geografia, Literatura, Filosofia e, posteriormente, em Direito. Para os estudantes não francófonos está prevista uma aprendizagem da língua e cultura francesas. O estabelecimento de ensino será misto e as aprendizagens ministradas segundo os parâmetros da universidade francesa. Os cursos terão a duração de três anos ao fim dos quais os estudantes receberão um diploma de licenciatura pela Universidade da Sobonne de Paris.
Inicialmente os estudantes serão distribuídos por instalações locais provisórias e em 2007 instalados definitivamente num campus universitário na cidade, ainda em construção, de Khalifa, localizada próximo Abou Dhabi. Os custos do projecto serão suportados pelos Emiratos Árabes Unidos e rondam os 20 mil dólares.

Espanha

Reforçar a cooperação com a Guiné Equatorial na área da educação

?A Espanha quer reforçar o sector do ensino básico e secundário e melhorar as relações entre as universidades da Guiné Equatorial e as universidades espanholas de Alcala de Henares e de ensino à distância (Uned)?. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado espanhol para as Universidades e Investigação, Salvador Ordonez, durante uma visita àquela ex-colónia espanhola. Os dois países acordaram sobre a necessidade de aumentar o número de bolsas espanholas atribuídas aos estudantes equa-guinienses em nome do ?dever histórico? de Espanha para com o único país afro-hispánico onde o castelhano é uma das línguas oficiais. O apoio espanhol terá como alvo a reforma dos cursos escolares e a ampliação das infra-estruturas, especificamente as do Instituto Politécnico de Bata, a segunda cidade do país situada na parte continental.
Recorde-se que a cooperação entre a Espanha e a Guiné-Equatorial na educação estava parcialmente suspensa desde os anos 90 em resultado das tensões suscitadas entre os dois países pelo desrespeito dos Direitos do Homem por parte do regime de Malabo, a capital do país.


  
Ficha do Artigo
Imprimir Abrir como PDF

Edição:

N.º 154
Ano 15, Março 2006

Autoria:

Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação
AFP
Agence France-Presse
Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação
AFP
Agence France-Presse

Partilhar nas redes sociais:

|


Publicidade


Voltar ao Topo