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Crianças imigrantes nas escolas da Europa

Na maioria dos países europeus [Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Irlanda, Itália, Chipre, Áustria, Suécia, Reino Unido, Islândia, e Noruega] a percentagem de imigrantes varia entre os 2,5% e os 9% em relação ao total da população. Se tivermos em conta apenas os países que aderiram à União Europeia a 1 de Maio de 2004, esta percentagem é inferior a 2,5%. Contudo, alcança os 20% na Estónia, Letónia, Luxemburgo e Liechtenstein.
A maioria dos imigrantes na Europa é proveniente dos países não pertencentes à União Europeia. A Bélgica, a Irlanda e o Luxemburgo são excepções à regra pois albergam um número maior de cidadãos oriundos dos outros países membros.
África é o continente de origem da maioria dos imigrantes que chegam a França, Itália e Portugal; ao passo que Espanha é o país que recebe mais imigrantes do continente Americano.
Existem 6% de alunos estrangeiros em idade escolar a frequentar os estabelecimentos de ensino da maioria dos países europeus. A percentagem sobe para 10% na Alemanha e na Áustria. No Luxemburgo mais de um terço dos alunos com idade abaixo dos 15 anos é de nacionalidade estrangeira.
É nos centros urbanos que se concentra um número maior de alunos imigrantes. Sendo que 10% dos alunos nacionais frequentam escolas onde a percentagem de alunos estrangeiros é superior a 40%, é o caso da comunidade francesa na Bélgica, Alemanha, Letónia e Luxemburgo.
Entre 6 a 8% dos alunos estrangeiros na Dinamarca, Alemanha, Áustria e Suécia e 20% no Luxemburgo e Liechtenstein não falam em casa a língua em que é ministrada a sua instrução.

Notas:
As leis europeias certificam que todas as crianças de menor idade, cujos pais são cidadãos provenientes de outro país ou residentes de longa duração, devem ser tratadas como nacionais em termos educativos. Os Estados-Membros podem, no entanto, restringir este direito exigindo que as crianças demonstrem um domínio da linguagem da instrução.
Poucos países encorajam o acesso à educação pré-escolar das crianças filhos de imigrantes. A maioria dos países introduziu nos seus sistemas de ensino medidas de apoio às famílias imigrantes no sentido de integrarem os seus filhos na escola e acompanharem os seus progressos.
Metade dos países publica informação sobre os seus sistemas de ensino numa língua estrangeira. Apenas a Finlândia e a Suécia providenciam oficialmente intérpretes às famílias imigrantes para que possam comunicar com a escola. No entanto, o uso de intérpretes é recomendado em muitos países.


  
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Edição:

N.º 142
Ano 14, Fevereiro 2005

Autoria:

Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação
Andreia Lobo
Jornalista, A Página da Educação

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