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Luta antiterrorista alimenta a imigração ilegal

IMIGRAÇÃO

Mais da metade dos imigrantes não documentados da Europa Ocidental - estimados entre 250 e 350 mil -, candidatos, na sua maioria, ao asilo político, estão na prática reféns do seu estatuto ilegal devido ao crescente controlo fronteiriço implantado para combater o terrorismo, refere um estudo da Universidade das Nações Unidas divulgado no Dia Mundial do Refugiado. "O rápido aumento deste trânsito humano reflecte, em parte, uma inesperada consequência das políticas restritivas de asilo", afirma Khalid Koser, um dos autores do documento.
"O início da guerra contra o terrorismo, bem como outros factos a este associados, fecharam as portas a muita gente que precisa de refúgio por causa de problemas políticos ou religiosos, conflitos e violência", acrescenta Hans Van Ginkel, reitor daquela universidade, criada há 30 anos para estudar os problemas da comunidade internacional. Edward Newman, outro autor do trabalho, refere, por seu lado, que as rígidas políticas de emigração ocidentais reflectem a preocupação de que os exilados sejam fonte de instabilidade e potencial origem do terrorismo mas, sublinha, "existem poucas evidências desta ligação".
Desde os ataques do 11 de Setembro, cujos autores entraram nos Estados Unidos como estudantes, o grupo de imigrantes mais afectado no que diz respeito à política de admissão naquele país foi o de refugiados "reassentados", ou seja, aqueles que procuram um terceiro país para se estabelecer, diz ainda o estudo.


  
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Edição:

N.º 125
Ano 12, Julho 2003

Autoria:

AFP
Agence France-Presse
AFP
Agence France-Presse

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